terça-feira, abril 21, 2009

100 razões para amar Beja - 58

Não sou arquitecto. Muito menos um urbanista (caso a palavra exista mesmo). Nem sequer tenho ideias muito concretas e definidas sobre um modelo para um bairro na cidade. Sei que não gosto daquelas ruas acanhadas onde os prédios se acotovelam uns aos outros, em que cada vizinho mora dentro da janela do vizinho da frente, mas não me sinto com a menor competência para fazer os traços de um bairro ideal. Mas mesmo sem ser especialista, não me sinto impotente para deixar sugestões!
Gosto de espaços amplos. Gosto de ver espaços verdes, árvores com espaço para os pássaros fazerem amor e o seu ninho, espaços para o desporto informal, estacionamento condigno porque se as pessoas não são carros mas não vivem sem eles!
Não sou especialista, mas passeio para Beja e vejo um bairro excepcionalmente bem desenhado (apesar de não me entusiasmar a arquitectura específica dos prédios, mas admito que o passar dos anos tenha responsabilidades nesse facto), aquele por nós ainda conhecido por Bairro Alemão!
Tive anos sem lá passar.Agora amiúde atravesso o bairro. E o abandono é o traço que marca a actual arquitectura do espaço: desde a mata que está ao sabor do vento, às ruas que estão desertas, às casas indecorosamente habitadas, aos espaços imensos encerrados (o que é feito do hotel, dos clubes, do restaurante, das lojas, etc..), o descuido que namora em cada canto com o desleixo! Regressar ao Bairro Alemão, compara-lo com o seu passado, faz-me sentir saudades dos alemães. Serei o único?

13 comentários:

  1. Pedro00:22

    Em vez de construir a colina do carmo não teria sido melhor tentar recuperar parte do bairro alemão?? O estado alienou imoveis, não teria sido mais sensato da parte da camâra tentar adquirir e depois distribuir (vender)? Não sei, mas talvez fosse interessante pensar nisso...........

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  2. Anónimo12:05

    Mudem para lá os Ciganos do Carmo Velho, a coisa ganha logo outra vida!
    hehehe

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  3. @pedro - uma "guerra" interessante é optar entre construir de raiz ou dar preferência à reconstrução. Mas mais para a frente vou voltar ao tema!

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  4. @anónimo - aguarde uns dias... hehehe

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  5. Anónimo12:38

    Se meterem ciganos e afins no bairro alemão andando eu a ganir sem casa, sem emprego e sem rendimento mínimo garantido...ou mudo de cidade, ou filio-me na Frente Nacional!

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  6. Anónimo11:53

    Concordo com a razão apresentada. Até porque está tudo à vista de todos.
    Agora, não entendi o "indecorosamente". Eu sei que os militares perderam, há muito, as posses que o estatuto lhes conferiam. Mas daí até serem acusados de fazerem uma ocupação indecente do bairro!!??

    Não gostei.

    VC

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  7. VC - Relendo o texto, admito que o mesmo possa causar perplexidade. Não acho que a ocupação seja indecente. Indecente é o facto de muitas estarem por ocupar! Foi esse e apenas esse o sentido!
    Mais. Acho importante a presença dos militares na cidade, cruciais para o projecto do Aeroporto, sempre que a componente civil impere sobre a militar!
    Mas... se das minhas palavras resultou uma ofensa aos militares, aceite as minhas desculpas!

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  8. Saudades...pois tenho. Embora que nunca tenha la vivido! Foram os meus melhores 4 anos de vida, o tempo que estive na base!

    Naturalmente que o Bairro Alemão nunca poderia ser o mesmo após a saida dos meus conterâneos! É um bairro agora maioritariamente habitado por pessoas que não escolheram vir para Beja, logo, não ligam muito ao facto se o bairro está bem conservado ou não!

    Mas, sabias que a "Torre" está deshabitada? Sabias que esse bairro era para ser muito maior, era para ter casas mais baixas, estendendo-se para lá da actual variante à cidade? Aí sim, seria um verdadeiro exemplo de arquitectura!

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  9. sabia, Zig, sabia. E acho um crime estarem tantas casas desabitadas!

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  10. Anónimo14:36

    Sabe-me dizer de quem é a 'tutela' responsabilidade sobre as casas daquele bairro?

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  11. Sei. E.. qual a relação que isso tem com o texto que escrevi?!!

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  12. Anónimo17:57

    Era uma pergunta relativa a esta 'razão para amar Beja', caso queira responder agradeço pois não sei a resposta e tenho algum interesse em saber. Senão, nem tinha perguntado :)

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  13. Não percebi que era pergunta! A maioria pertence à Força Aérea Portuguesa, logo, a todos nós!

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