terça-feira, abril 01, 2008

Estou curioso...

... com o estudo que vai ser hoje apresentado sobre a mobilidade urbana na cidade de Beja. Será que o trânsito vai sofrer as alterações que muito necessita?
Seria interessante lançar um verdadeiro debate público, auscultando as opiniões dos munícipes! Há por aí sugestões de alterações?

11 comentários:

  1. Anónimo15:47

    A entrada na cidade! Nao poder entrar pela rua de Lisboa é uma estupidez!
    João

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  2. Anónimo16:10

    A história dos debates públicos pode ser uma interessante experiência de democracia participativa.Convidar os cidadãos a pronunciarem-se acerca dos problemas da cidade é algo habitual nos países do norte da Europa, onde existe uma longa e rica tradição de participação dos cidadãos na resolução dos mais variados problemas: jardins públicos,canteiros e parques para crianças em bairros, hospitais, escolas, bibliotecas, museus,*etc...Acontece que essa atitude cívica não nasceu por decreto mas foi o resultado de politicas educativas formais nas escolas, e informais em projectos de educação para a cidadania e no seio da familia.Hoje temos nesses países uma opinião pública formada, conhecedora e participativa. Muito longe dos níveis de participação da população da nossa cidade.Isto tudo para dizer o quê? Para mostrar a maior das reticências quando se fala na participação pública, auscultação dos cidadãos, debates públicos...coisas interessantes mas aqui nunca resultam e, invariavelmente, descambam na demagogia e em opiniões não fundamentadas num conhecimento rigoroso daquilo de que se fala.O trânsito hoje, em qualquer cidade de média dimensão como é o caso de Beja, é um problema complexo que envolve várias especializações e não se compadece com amadorismos e bocas do gênero: "Eu acho que", "eu fazia assim", "isto está tudo errado",bla, bla, bla...Por isso fico mais confiante em que sejam os técnicos especialistas das diferentes áreas que envolvem a problemática do trânsito a estudar e apresentar soluções.A todos nós, ficar-nos-ia muito bem contribuirmos para a resolução deste problema, fazendo um uso parcimonioso do carro. Se todos fizemos um uso racional do carro o problema da circulação e estacionamento na cidade talvez melhorasse em 50%.Mas numa cidade de pequena burguesia em que o carro não é apenas um meio de locomoção, mas acima de tudo uma forma de "status", para não falar já do fetiche erótico/autoritário que muitos têm no seu carro.
    Elementar, isto é tudo uma questão de educação e cidadania, mas não há á venda nas farmácias nem se implanta por decreto lei...Y
    * Já reparam que na nossa cidade os seus habitantes tem uma ideia de espaço público como uma coisa que não lhes diz respeito, como se fosse só para usarem e degradarem...Onde se Vê alguém no seu bairro cuidar dos canteiros, preocupar-se com o parque das crianças? Estamos sempre á espera que a câmara, o governo, ou quem quer que seja resolva os problemas.Não é verdade???

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  3. Y, tem razão em muito do que diz! Mas, o actual traçado rodoviário da cidade também foi determinado por um estudo de especialistas, com os resultados que todos conhecemos! O problema destes especialistas é que fazem o estudo de uma cidade que conhecem mal, utilizando esquemas comuns a grandes cidades! Aliás, se a memória não me falha, esta critica foi partilhada pelo actual Presidente da CMB!
    Mas.. como não conheço o estudo, não me vou pronunciar!

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  4. Anónimo17:21

    "h", Não conheço o estudo em que assenta o actual modelo de mobilidade urbana.Concordo que, empiricamente falando,todos nós podemos encontrar algumas disfunções e estrangulamentos na circulação do trânsito.São coisas do dia a dia que, certamente os especialistas, devem ter em consideração, pois o grupo de trabalho que está a estudar esse problema integra técnicos da autarquia.Mas que todos nós temos qualquer coisa a dizer, é um facto. Eu por exemplo, acho que a rua de Lisboa, que nasce ao pé do cemitério deveria ter esse sentido até ao Parque de estacionamento, pois assim fazia-se um melhor escoamento do trânsito que entra na cidade vindo desse lado e os turistas entravam em Beja e tinham logo ali á mão um parque para estacionarem. Isto é o que me diz o senso comum.Certamente que o senhor terá outras lacunas a apontar.Mas em minha opinião todas essas sugestões deverão ser encaminhadas para os serviços da autarquia que têm a responsabilidade por esta área.No entanto, e apesar de concordar com muito daquilo que afirmou, continuo a pensar que o problema de circulação mais do que uma questão de trânsito, é uma questão de cidadania.Y

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  5. Anónimo17:36

    Posso transcrever aqui parte das conclusões do estudo (de 78 páginas). Não se pasmem, ok?

    "Ao nível do diagnóstico é possível reter os seguintes aspectos mais relevantes:
    − Verifica-se que o transporte individual é de longe o modo mais utilizado nas deslocações casa emprego, com
    cerca de 56% do total, seguido do modo pedonal, cerca de 35% e do TC rodoviário, cerca de 6%;
    − É possível concluir através dos indicadores globais de saturação que na generalidade não existem problemas de congestionamento rodoviário;
    Num âmbito mais propositivo, foram estudadas a possibilidade alteração dos sentidos da rua Dr. Aresta Branco, assim
    como a qualidade das ligações entre um conjunto de centróides exteriores e de pólos geradores.
    Relativamente à inversão de sentidos na rua Dr. Aresta Branco, os resultados obtidos a partir do modelo revelaram-se
    inconclusivos. Relativamente à ligação entre os vários centróides e pólos geradores, apesar de se verificarem desvios
    importantes face às performances em vazio, os tempos de percurso associados são suficientemente reduzidos para se
    poder considerar que a qualidade destes percursos será no mínimo razoável."
    etc.....

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  6. Anónimo19:40

    É o que se pode chamar de diagnóstico conclusivo!...

    Faz lembrar aquela "..salvo melhor opinião, penso que..."

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  7. Y e Anónimo João: a Rua de Lisboa parece-me uma atroz evidência! Como é óbvia e evidente a necessidade de cumprir a proibição de venda empresarial de carros na via pública!

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  8. @joao espinho - em princípio, vou ter de o "estudar" para preparar algo para a próxima terça! Mas, esse parágrafo, assusta qualquer ser humano!
    Alguém me explica que raio é isso de "ligação entre os vários centróides e pólos geradores, apesar de se verificarem desvios"???

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  9. Anónimo22:07

    A "Praça" agora é aqui.Praça de ideias, de debate, de humor,de educação.O dono da casa,lança os temas, não quer ter sempre razão, não leva a bola para casa quando está a perder,não faz birrinhas de criança mal educada,é um senhor.Isto sim que é cidadania e serviço público.Parabéns!!Y

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  10. Anónimo23:24

    Já que estamos numa de solicitar explicações, aproveito e peço também que alguém explique:

    "Definição de um processo de apresentação de medidas e sua aceitação pelos vários stakeholders."

    * plagiado do Praça

    PS: stakeholders ??????????????

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  11. Já há muitos anos defendo uma saída do trânsito da Zona Histórica de Beja. A cidade só tinha a ganhar, mas claro, com tantos serviços concentrados nesses lugares (CMB, Finanças, Centro de Emprego etc.) isso seria impossível de realizar.

    Conheço de perto o exemplo de Regensburg (a tal cidade das palavras "ditas" infelizes do actual Papa). O centro histórico dessa cidade bávara era um autêntico caos! Muitos carros, muito barulho e lixo por toda a parte! Fez-se então uma quase revolução banindo o trânsito de grande parte dessa zona. Choveram críticas atrás de críticas, até se organizou uma greve e uma manifestação (tinha uma "vista" privilegiada sobre a mesma do "Kolpinghaus"). Hoje? Mil maravilhas, esta cidade aumentou as visitas turísticas em muito! É mesmo considerada uma das cidades mais bonitas da Alemanha! Mas como disse, isso por cá seria impossível de conseguir!

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