... com o estudo que vai ser hoje apresentado sobre a mobilidade urbana na cidade de Beja. Será que o trânsito vai sofrer as alterações que muito necessita?
Seria interessante lançar um verdadeiro debate público, auscultando as opiniões dos munícipes! Há por aí sugestões de alterações?
Seria interessante lançar um verdadeiro debate público, auscultando as opiniões dos munícipes! Há por aí sugestões de alterações?
A entrada na cidade! Nao poder entrar pela rua de Lisboa é uma estupidez!
ResponderEliminarJoão
A história dos debates públicos pode ser uma interessante experiência de democracia participativa.Convidar os cidadãos a pronunciarem-se acerca dos problemas da cidade é algo habitual nos países do norte da Europa, onde existe uma longa e rica tradição de participação dos cidadãos na resolução dos mais variados problemas: jardins públicos,canteiros e parques para crianças em bairros, hospitais, escolas, bibliotecas, museus,*etc...Acontece que essa atitude cívica não nasceu por decreto mas foi o resultado de politicas educativas formais nas escolas, e informais em projectos de educação para a cidadania e no seio da familia.Hoje temos nesses países uma opinião pública formada, conhecedora e participativa. Muito longe dos níveis de participação da população da nossa cidade.Isto tudo para dizer o quê? Para mostrar a maior das reticências quando se fala na participação pública, auscultação dos cidadãos, debates públicos...coisas interessantes mas aqui nunca resultam e, invariavelmente, descambam na demagogia e em opiniões não fundamentadas num conhecimento rigoroso daquilo de que se fala.O trânsito hoje, em qualquer cidade de média dimensão como é o caso de Beja, é um problema complexo que envolve várias especializações e não se compadece com amadorismos e bocas do gênero: "Eu acho que", "eu fazia assim", "isto está tudo errado",bla, bla, bla...Por isso fico mais confiante em que sejam os técnicos especialistas das diferentes áreas que envolvem a problemática do trânsito a estudar e apresentar soluções.A todos nós, ficar-nos-ia muito bem contribuirmos para a resolução deste problema, fazendo um uso parcimonioso do carro. Se todos fizemos um uso racional do carro o problema da circulação e estacionamento na cidade talvez melhorasse em 50%.Mas numa cidade de pequena burguesia em que o carro não é apenas um meio de locomoção, mas acima de tudo uma forma de "status", para não falar já do fetiche erótico/autoritário que muitos têm no seu carro.
ResponderEliminarElementar, isto é tudo uma questão de educação e cidadania, mas não há á venda nas farmácias nem se implanta por decreto lei...Y
* Já reparam que na nossa cidade os seus habitantes tem uma ideia de espaço público como uma coisa que não lhes diz respeito, como se fosse só para usarem e degradarem...Onde se Vê alguém no seu bairro cuidar dos canteiros, preocupar-se com o parque das crianças? Estamos sempre á espera que a câmara, o governo, ou quem quer que seja resolva os problemas.Não é verdade???
Y, tem razão em muito do que diz! Mas, o actual traçado rodoviário da cidade também foi determinado por um estudo de especialistas, com os resultados que todos conhecemos! O problema destes especialistas é que fazem o estudo de uma cidade que conhecem mal, utilizando esquemas comuns a grandes cidades! Aliás, se a memória não me falha, esta critica foi partilhada pelo actual Presidente da CMB!
ResponderEliminarMas.. como não conheço o estudo, não me vou pronunciar!
"h", Não conheço o estudo em que assenta o actual modelo de mobilidade urbana.Concordo que, empiricamente falando,todos nós podemos encontrar algumas disfunções e estrangulamentos na circulação do trânsito.São coisas do dia a dia que, certamente os especialistas, devem ter em consideração, pois o grupo de trabalho que está a estudar esse problema integra técnicos da autarquia.Mas que todos nós temos qualquer coisa a dizer, é um facto. Eu por exemplo, acho que a rua de Lisboa, que nasce ao pé do cemitério deveria ter esse sentido até ao Parque de estacionamento, pois assim fazia-se um melhor escoamento do trânsito que entra na cidade vindo desse lado e os turistas entravam em Beja e tinham logo ali á mão um parque para estacionarem. Isto é o que me diz o senso comum.Certamente que o senhor terá outras lacunas a apontar.Mas em minha opinião todas essas sugestões deverão ser encaminhadas para os serviços da autarquia que têm a responsabilidade por esta área.No entanto, e apesar de concordar com muito daquilo que afirmou, continuo a pensar que o problema de circulação mais do que uma questão de trânsito, é uma questão de cidadania.Y
ResponderEliminarPosso transcrever aqui parte das conclusões do estudo (de 78 páginas). Não se pasmem, ok?
ResponderEliminar"Ao nível do diagnóstico é possível reter os seguintes aspectos mais relevantes:
− Verifica-se que o transporte individual é de longe o modo mais utilizado nas deslocações casa emprego, com
cerca de 56% do total, seguido do modo pedonal, cerca de 35% e do TC rodoviário, cerca de 6%;
− É possível concluir através dos indicadores globais de saturação que na generalidade não existem problemas de congestionamento rodoviário;
Num âmbito mais propositivo, foram estudadas a possibilidade alteração dos sentidos da rua Dr. Aresta Branco, assim
como a qualidade das ligações entre um conjunto de centróides exteriores e de pólos geradores.
Relativamente à inversão de sentidos na rua Dr. Aresta Branco, os resultados obtidos a partir do modelo revelaram-se
inconclusivos. Relativamente à ligação entre os vários centróides e pólos geradores, apesar de se verificarem desvios
importantes face às performances em vazio, os tempos de percurso associados são suficientemente reduzidos para se
poder considerar que a qualidade destes percursos será no mínimo razoável."
etc.....
É o que se pode chamar de diagnóstico conclusivo!...
ResponderEliminarFaz lembrar aquela "..salvo melhor opinião, penso que..."
Y e Anónimo João: a Rua de Lisboa parece-me uma atroz evidência! Como é óbvia e evidente a necessidade de cumprir a proibição de venda empresarial de carros na via pública!
ResponderEliminar@joao espinho - em princípio, vou ter de o "estudar" para preparar algo para a próxima terça! Mas, esse parágrafo, assusta qualquer ser humano!
ResponderEliminarAlguém me explica que raio é isso de "ligação entre os vários centróides e pólos geradores, apesar de se verificarem desvios"???
A "Praça" agora é aqui.Praça de ideias, de debate, de humor,de educação.O dono da casa,lança os temas, não quer ter sempre razão, não leva a bola para casa quando está a perder,não faz birrinhas de criança mal educada,é um senhor.Isto sim que é cidadania e serviço público.Parabéns!!Y
ResponderEliminarJá que estamos numa de solicitar explicações, aproveito e peço também que alguém explique:
ResponderEliminar"Definição de um processo de apresentação de medidas e sua aceitação pelos vários stakeholders."
* plagiado do Praça
PS: stakeholders ??????????????
Já há muitos anos defendo uma saída do trânsito da Zona Histórica de Beja. A cidade só tinha a ganhar, mas claro, com tantos serviços concentrados nesses lugares (CMB, Finanças, Centro de Emprego etc.) isso seria impossível de realizar.
ResponderEliminarConheço de perto o exemplo de Regensburg (a tal cidade das palavras "ditas" infelizes do actual Papa). O centro histórico dessa cidade bávara era um autêntico caos! Muitos carros, muito barulho e lixo por toda a parte! Fez-se então uma quase revolução banindo o trânsito de grande parte dessa zona. Choveram críticas atrás de críticas, até se organizou uma greve e uma manifestação (tinha uma "vista" privilegiada sobre a mesma do "Kolpinghaus"). Hoje? Mil maravilhas, esta cidade aumentou as visitas turísticas em muito! É mesmo considerada uma das cidades mais bonitas da Alemanha! Mas como disse, isso por cá seria impossível de conseguir!