sexta-feira, janeiro 25, 2008

Em defesa das Lojas Chinesas...

São recorrentes os comentários sobre o excesso das chamadas Lojas Chinesas que enchem o centro da cidade. Por honestidade intelectual, importa deixar claro, que esta não é uma realidade bejense, mas uma verdade em todas as cidades, vilas e aldeias de Portugal.
Desde sempre que defendi que a União Europeia tem obrigação de assumir uma politica de trocas comercias, onde o respeito pelos Direitos Humanos seja um primado; sempre tive dificuldade em aceitar este conceito de “diplomacia pragmática” onde se condenam os países pobres que desrespeitam os direitos humanos e esquecemos essa violações quando perpetradas por países com mercados aliciantes!
Mas estas considerações estão, infelizmente, ultrapassadas pelos factos! E é com a realidade que temos de aprender a conviver: in casu, com a concorrência desleal dos produtos made in China.
Já antes assumi aos microfones da Rádio Pax, que não me melindra a proliferação de lojas chinesas, nem lhes reconheço “a causa” para os problemas da nossa economia!
Desde logo, importa sublinhar que existirem duas ou vinte lojas chinesas é absolutamente irrelevante: a sua multiplicação apenas gera um fenómeno de concorrência entre elas, situação que não me tira o sono! Depois, as lojas que hoje ocupam, provavelmente estariam fechadas, deixando os centros das cidades ainda mais desertas. Por fim, não esqueço, que os seus baixos preços, ajudam as famílias mais carenciadas!
Os produtos made in China são, em regra, de muito baixa qualidade; a concorrência que fazem, não é com o comércio que chamam tradicional, mas com o chamado mercado dos ciganos!
Portugal está a mudar – bem mais do que por vezes queremos ver – e o comércio não pode ser igual ao que se fazia há décadas atrás! Quando tudo muda, não podemos continuar iguais.
Mais que “diabolizar” os chineses temos de, desde logo, obriga-los a cumprir a lei Europeia e depois pensar em novos modelos comerciais. Aos poucos, alguma industria portuguesa aprendeu a viver da inovação, qualidade e marcas próprias e começa a vencer nos mercados; agora é o momento dos comerciantes perceberem que são necessários novos modelos para a sua actividade: que, por exemplo, podem passar pelos centros comerciais…
Agora que a Associação Comercial se prepara para ir a votos, fica um convite à reflexão…

1 comentário:

  1. Anónimo15:18

    que som produzira ela a descer um corrimão nua?

    Estrebuchante ou Silibante???

    ResponderEliminar

Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!