terça-feira, abril 12, 2011

Fernando Nobre assina pelo PSD por quatro épocas!

Antigamente, quando um jogador do Benfica ia para o Porto (ou Sporting) surgiram os moralistas de taberna a reclamar vingança e a achincalha-lo: agora, parece que aconteceria o mesmo se o clube de origem fosse o Braga, Guimarães ou Belenenses...
Desculpem-me a metáfora futebolística, mas, só na irracionalidade do futebol se percebe a razão de tanta chinfrim sobre o facto de Fernando Nobre ser candidato pelo PSD! Um cidadão livre e independente fez uma escolha! Ponto final parágrafo! Mas infelizmente este é um país de democratas, onde eu respeito que cada diga o que entende, desde que pense o mesmo que eu! 
Se eu fosse conselheiro de Nobre aconselhava-o a não aceitar! Porque não tem nada a ganhar e está provado que perdeu muito! Se eu fosse conselheiro de Nobre aconselhava-o a fazer uma declaração pública de apoio a Pedro Passos Coelho - ou a quem ele entendesse - porque nestas eleições é cobardia ficar calado! 
Eu votei Fernando Nobre! Nunca o tinha confessado, mas hoje apetece-me dizê-lo! Não fiz campanha por ele, porque me pareceu inconstante, sem um verdadeiro projeto, sem um caminho para o País, mas, no silêncio da urna, decidi que seria a alternativa menos má! E voltaria a fazê-lo hoje!
Fernando Nobre é independente e fez aquilo que os independentes fazem: escolheu! Percebo que quem andou a endeusar o homem, que quis ver nele qualidades políticas fantásticas, ontem possa ter acordado angustiado: mas tenha o bom senso de se culpar a si, não aos outros! 
Discordo da opção de Fernando Nobre, mas respeito o homem! Porque é mais fácil ficar calado do que assumir opções! E ao ler o que estes dias se tem escrito pela internet mete nojo: Fernando Nobre é um português notável, que toda a sua vida lutou pelos que mais precisam e é nojento ser acusado por um bando de filhos de pegâs que o ofendem anonimamente, mas que são um grandes bocados de merda, que nunca fizeram nada por ninguém!
Quando alguém vos perguntar como o País chegou a este ponto de podridão, a resposta é simples: são as bestas que todos criticam que têm conseguido afastar toda a gente séria e competente da política, e depois, ficamos entregues aos bichos! É por estas e outras que os portugueses merecem o FMI, sem vaselina!

13 comentários:

  1. Anónimo00:27

    Concordo consigo, independentemente da escolha que F.Nobre fez ou poderia ter feito, para o PSD, para o PS ou para outro qualquer.
    Além disso, antes ele a Presidente da A.R. do que um "veterano" da politi(quice), como José Lello, que não tem pejo em falar F.N. como um"...estagiário, sem currículo, sem ter sido jamais deputado, sem conhecer as regras"(DN de hoje).
    Aliás, pode ser que eu me engane, mas a escolha para deputados do PS (no Porto, em Coimbra, em Setúbal,etc) vai ser um momento alto de "civismo e respeito" entre pares, como tem acontecido no passado. Para "credibilizar" ainda mais a nossa descredibilizada democracia, com deputados quase "eternos", cujo maior mérito é dizer yes no momento certo, à pessoa certa.
    José Filipe Murteira

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  2. As opiniões são como as bufas... cada um larga a sua. Por isso lá vai.
    Não lhe aponto nada ao recurso profissional, já o politico, para mim, deixa muito a desejar.
    As escolhas não se fazem aos ziguezagues, isso torna-nos inconstantes. E deixa-me, a mim, sempre com um pé atrás.
    Estar na politica de modo transversal, como o candidato Fernando Nobre está, não o descura da politiquice, muito pelo contrário, torna-o um verdadeiro "aluno de Apolo", na dança politico-partidária:
    Em 1992 chegou a ter ficha como monárquico, mas afirmou nunca ter pago quotas.
    Em 2002 aconselhou o voto em Durão Barroso.
    Foi membro da Comissão Política da candidatura de Mário Soares à Presidência, em 2006.
    Foi mandatário nacional do Bloco de Esquerda, nas eleições europeias de 2009.
    Membro da Comissão de Honra da candidatura de António Capucho, pelo PSD, à Câmara Municipal Cascais, em 2009.
    Em 2010 apresentou-se como candidato independente a Presidente da República, para as eleições de 2011.
    Em 2011, a convite do líder do PSD, aceita ser cabeça da lista por Lisboa para as eleições legislativas.
    Eu não vejo assim, tamanha rectidão num candidato que já correu o hemiciclo de lés a lés.
    Mas como te disse é só uma opinião.

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  3. Anónimo10:38

    A democracia é isto mesmo escolher apoiar ou tomar a iniciativa independente dos tachos, e ser versatil em cada momento da vida nacional, eu proprio ja tenho votado no PS, CDU,ou PSD dependendo das circunstancias, quando no meu entender vejo quem melhor serve o meu pais ou a minha região, a isto chama-se democracia.

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  4. Anónimo10:46

    Votem mais no PS, afinal vamos ser o unico pais da Europa que não vai crescer em 2011 e 2012, e tudo porque os malditos da oposição Chubaram o pec4, porque se não estava tudo bem, e continuariamos a crescer como até aqui ou seja para baixo, se querem mais do mesmo não pensem duas vezes votem no amigo Socrates e nas suas politicas de crescimento economico.

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  5. @nucha - eu até discordo, porque um independente, é livre para em cada momento optar! Mas respeito quem entenda que há apoios demasiados heterogéneos e, é estranho, que alguém que apoiou o BE numas eleições nacionais, apele agora ao voto PSD!
    Mas... se leres o que se têm escrito.. ninguem ataca o político FN: atacam o homem, de uma forma nojenta!

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  6. Anónimo11:20

    FIZ ONTEM E PARTILHEI ESTA NOTA:
    Caro Dr. Fernando Nobre, como sabe ou julgo que sabe, fui apoiante da sua candidatura a Presidente da Republica ainda que militante do Partido socialista. Acabei por não ter tempo para ir ás reuniões de apoiantes desde inicio aliás como o informei logo que entraram em contacto comigo inclusivé para coordenar o núcleo de apoiantes do concelho de Oeiras que ficou muito bem entregue.

    Escrevo agora estas linhas não para dizer que acho uma vergonha a sua atitude ou que repudio a forma como pretende dar o seu contributo à Nação, escrevo-lhe aqui tão somente para relembrar a si e a alguns dos seus apoiantes o quanto achei errado a linha radical antipartidária que a 2ª metade da sua campanha levou, o que ainda assim não fez com que não tivesse levado o meu voto.

    Quero relembrar-lhe tão somente que optou por abraçar quem o ridicularizou e achincalhou, quem disse que lhe faltava sentido de estado, estatura política e know how para assumir qualquer cargo político quanto mais o de Presidente da República...curioso... agora tem nível para ser a 2ª figura de Estado...

    Caro dr. se me perguntar se estou desiludido, digo-lhe que estou!!!! Mas percebo que a vontade de contribuir lhe faça esquecer aquilo que eventualmente o seu staff terá balbuciado durante a campanha.

    O que meentristece mesmo é que a independência, a seriedade, a honestidade e a verticalidade que a sua imagem, e o seu nome, traziam estão manchados e ainda por cima por ser aliciado por vampiros que nada mais querem de si que os seus 14%, por caso foram os PSD, podiam ter sido outros quaisquer... Acabou por deitar por Terra tudo o que grangeou para poder ter um papel relevante e preponderante na nossa sociedade, e que não precisava forçosamente por ser deputado( poderia ser ministro que, por exemplo, já aceitaria com mais naturalidade ou facilidade).

    Os meus sinceros votos de felicidade e que não se venha arrepender de ter caído nessa teia e ter torcido de forma tão brutal a sua espinal medula!!!!

    Hugo Serejo

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  7. A politica é um jogo sujo. Quem se põe a jeito, ouve o que não quer.
    Não podes dizer que o homem é uma vitima, pois tudo o que se tem dito, e escrito não será verdade, mas demonstra a dimensão da afronta que provoca um candidato transversal.
    Estamos em democracia, é uma realidade. Cada um é livre de fazer as escolhas que entende, seja em partidos, ou em pessoas, ou mesmo em projectos. Mas considerando o percurso politico, não profissional, não podemos deixar de ver que o o homem não joga sempre na mesma linha ideológica, o que provoca alguma desilusão em que nele acreditou anteriormente.
    A linha de pensamento deste candidato roça o bi-polar, e temos de ter grande abertura de pensamento para poder interiorizar tamanha independência, liberta das amarras partidárias.
    Pode ser sempre considerada uma grande sede de poder. Especialmente se nos lembrár-mos das declarações: «Nunca aceitarei nenhum cargo partidário nem governativo», em entrevista concedida a Mário Crespo no passado dia 1 de Março, na SIC Notícias.

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  8. Nucha - a política não é um jogo sujo! O que há é mta gente e partidos que fazem jogo sujo!
    Admito e reconheço que se critique o político! Eu faço-o muitas vezes! Mas respeito os homens!
    Fernando Nobre é mto mais homem do que toda estas gente que hoje o critica!

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  9. Anónimo13:29

    Nas últimas europeias votei BE, nas legislativas no CDS-PP, nas autárquicas CDU e nas presidenciais em Fernando Nobre. Porquê? Porque sim.

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  10. José Filipe Murteira22:11

    http://notasaesquerda.blogspot.com/2011/04/fernando-nobre-heroi-ou-vilao.html

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  11. Anónimo23:40

    Sempre o conheci como um oportunista e quem trabalhou na AMI sabe-o...
    joao filipe

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  12. Parece que afinal é só pré-acordo, pela Lei Bosman.

    Politicamente, desiludiu-me muito. Fui apoiante e votante nas últimas eleições, precisamente pela independência e falta de pretensão política. Esta cobiça por um lugar, e logo só pelo lugar mais alto depois do PR, por não aceitar ser um "simples" deputado, destrói tudo o que até aqui tinha conquistado. Sem um programa político como base para uma decisão, sem uma ideia sequer ainda apresentada, foi para quem lhe acenou com mais. Como qualquer futebolista em fim de contrato... E pior que isso, foi a arrogância de considerar aqueles votos sua propriedade. Enfim, fez o mesmo que aqueles que tanto criticou durante uma grande parte da campanha eleitoral para a Presidência.

    Mas, a obra feita enquanto Homem e cidadão do Mundo, é intocável. E quem entra por aí pouco mais moral pode ter.

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  13. Maria17:35

    À semelhança de outros comentários (que já fiz), mais uma vez reitero a minha modesta opinião: respeitemos a opinião/opção alheia (e diferente! Ninguém foi forçado a votar no candidato F. Nobre! Aqueles que optaram pelo voto na "candidatura da cidadania" fizeram-no de livre e espontânea vontade. Assim, não consigo compreender tamanhas "injúrias" e comentários desagradáveis acerca do referido ex-candidato presidencial. Sem querer entrar noutros campos (politico-partidários) apetece-me dizer que tais impropérios (nalguns casos) são reveladores, diria, de alguns "ciúmes". Ou não? Desde quando um homem independente e livre não pode "mudar de opinião"? Parafraseando F. Nobre (e Gandhi): “Só quem não procura a verdade é que não muda de opinião”! Quanto à atitude do PSD em convidar F. Nobre, a mesma é reveladora de um "abrir as portas" à sociedade civil e aos movimentos da cidadania o que comprova a evolução e inovação do partido nos tempos presentes. Os partidos políticos devem, cada vez mais, começar a "relacionar as escolhas com capacidades e responsabilidades" e deixar de lado o "fanatismo" politico-partidário.

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Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!