sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Fusão Nerbe/ Associação Comercial

Durante o próximo mês vai escolher-se o novo Presidente da Associação Comercial de Beja, sendo que, mais para o fim do ano é a vez do Nerbe ir a votos.
Sem procurar diminuir ou denegrir os saudáveis esforços de quem dirige estas Instituições, a verdade é que, quer uma quer outra, paulatinamente foram perdendo a sua capacidade de intervenção social. Curiosamente, em ambos os casos, até são lideradas por pessoas com peso político, que no passado ocuparam lugares de destaque, empresários que se impuseram nas suas labutas e, sendo homens ligados a partidos, goste-se ou não, reconhecemos-lhe independência!
Mas a verdade, por dura que seja a evidencia, é que ambas as Instituições não conseguem cumprir a sua missão, sendo ineptas para ser uma alavanca de desenvolvimento do tecido empresarial da cidade.
Não escondo que defendo uma fusão das duas: se a curto prazo, velhos do Restelo vão encontrar dificuldades, nada obsta que comecem a trabalhar em conjunto, facilitando uma fusão futura. O seu âmbito e objectivos são praticamente os mesmso, não existindo qualquer justificação para que uma cidade sem tecido empresarial relevante, espartilhe recursos entre duas Instituições hoje moribundas. Mais: por mais inconveniente que seja a afirmação, este poderia ser um projecto dinâmico, aberto a outras Instituições, mormente as ligadas à agricultura…
Em conjunto, não apenas reduziam custos, como optimizavam recursos, caminhando na direcção da profissionalização e conseguindo incrementar os serviços que prestam aos seus associados: é possível fornecer mais serviços, susceptíveis de gerar receitas próprias, como seria exemplo os serviços jurídicos, apoios à gestão, uma formação profissional, coerente com as verdadeiras necessidades das empresas e em parceria com o Instituto Politécnico de Beja, evitando-se a dispersão da oferta. Por outro lado, uma Associação Comercial e Empresarial forte, poderia ser parceiro privilegiado num muito necessário projecto de empreendedorismo, quer pela criação de uma incubadora de empresas, quer no apoio à inovação e desenvolvimento.
Num momento em que o Alentejo tem que mudar e modernizar-se, não pode ficar tudo na mesma, agarrado a um passado que nunca mais volta…

3 comentários:

  1. Anónimo13:02

    Curioso falares nisso, num momento em que se falam em alguns nomes...

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  2. Anónimo20:14

    Concordo plenamente. A associação comercial está bastante moribunda e o nerbe para lá caminha.

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  3. Anónimo11:08

    Conheço perfeitamente quem tenha sido sócio da Associação Comercial, a pxa estava tão desiludida que já nem recorria aos seus serviços (pois estes eram sempre morosos e cheios de complexidade...), nos últimos tempos apareciam de 6 em 6 meses no estabelecimento dessa pxa um fulano de fato e gravata em representação da Associação, empunhando uma pasta (tipo importante) e desencadeava o seguinte comentário:
    "..venho cobrar as QUOTAS...então o negócio está mal, não é? Já teve dias melhores! Pois é, é uma chatice, é a CONJUNTURA."
    Esse conhecido inscreveu-se numa Associação do seu sector de actividade e diz estar plenamente satisfeito, apesar da distância.
    Quanto ao NERBE não sei avaliar, a sensação que tenho é que será mais 1 grupo de pxas com interesses pessoais a curto prazo.
    Quando se é negativista e se transmite essa negatividade, então é porque a missão da referida Associação deixou de ter qualquer significado. Não sei se vale a pena a fusão ou a extinção!...

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