sábado, fevereiro 16, 2008

Mona Lisa, por Basquiat

Jean-Michel Basquiat (1960 - 1988)

Definir Basquiat é a definição do indefinível: de certo modo, encontramos neste artista toda a complexidade de Nova Iorque dos anos setenta, uma mescla de origens e culturas, com especial incidência para a cultura afro-latina, que começa a expressar-se nas ruas!
Basquiat, como vários artistas da sua geração, encontra a primeira tímida projecção nos grafites, cujo trabalho assinava como SAMO SHIT, que, na língua de Camões se traduz por “sempre a mesma merda”, curiosa expressão, que em meados do ano passado teve grande projecção no meio cultural bejense…
Mas, para o reconhecimento do seu imenso talento, teve de esperar por 1980, quando um crítico de arte se debruçou sobre o seu trabalho, ainda insípido, iniciando uma curta carreira que o imortalizou num complexo mundo da arte, como um dos melhores artistas da sua geração. Com as primeiras exposições, trava amizade com os génios da Pop Art, Andy Warhol e Keith Haring: é também nesta época que assume uma relação amorosa com uma (então) desconhecida cantora, de nome… Madonna!
Com vinte e poucos anos, Basquiat tinha conquistado praticamente tudo; vivia na mais fascinante cidade do mundo, tinha dinheiro e fama, mulheres deslumbrantes, via aberta para as mais exuberantes festas, sendo-lhe permitido todos os prazeres. Especialmente os proibidos. Um cocktail de cocaína com heroína, aos 28 anos, ajudou a fazer dele um ícone da pintura do século XX!
Em Mona Lisa, conseguimos descobrir algumas das características que o definiram: um estilo quase ingénuo, a influencia da anatomia da cidade de Nova Iorque, a cruel violência destrutiva, uma mescla entre o sofisticado e o popular, onde o texto de funde com o desenho, na busca da trilogia que dizia pintar: realeza, heroísmo e as ruas!

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