E assim foi o 2007...

De entre as minhas ternas e melosas peculiaridades (ou, dito de outra forma, das minhas tontas esquisitices) uma é o facto de não apreciar festas! Confesso que me deprime e irritam aqueles dias em que somos forçados a estar felizes e bem dispostos!
Daqui a umas horas, quando os grelos e os tin tins deste e do outro mundo estiverem a pular, só porque os relógios marcam 24 horas, vou esgueirar-me para um canto, esconder-me no meio da multidão, fumar um cigarro e beber uma cerveja e oferecer-me uns minutos de solitária melancolia!
Vou recordar o ano que se apaga e fazer milhentos planos para o ano novo, com a certeza certa de não cumprir a esmagadora maioria!
Há uma frase que há muito me faz companhia: se no ultimo ano não choraste e riste, se não tiveste momentos de felicidade, se não te sentiste triste, se não te apaixonaste, amaste e sofreste, se não tiveste ilusões e desilusões, alegrias, tristezas, melancolias e sonhos, se não te emocionaste, então, no ultimo ano não viveste, limitaste-te a deixar a vida passar por ti, sendo cobarde, sem coragem de viver! Não vou falar do meu ano: não apenas sou tímido e introvertido, como há muito que aprendi que falo melhor quando estou calado! Mas partilho com os meus leitores, uma das primeiras passas (seja de uma ou de cigarro!): se em 2007 realizei o sonho de escrever um romance, o meu primeiro objectivo para o próximo ano é procurar publica-lo! Depois de um primeiro nome, na versão definitiva chama-se “Entre o Viagra e o Prozac” e conta a história de Tê, a mulher que todos chamavam puta…
Quanto a si, meu bom leitor, remeto-o para outra minha frase batida: que em 2008, seja obscenamente feliz…