Les demoiselles d'Avignon, por Picasso

Pablo Ruiz Picasso 1881-1973

Les demoiselles d'Avignon é considerada não apenas a obra-prima do cubismo mundial, como a obra fundadora da arte moderna, recebida com o carinho de uma crítica que a considerava “Horrível”, “chocante”, “monstruosa”, na sua intrínseca infâmia de representar cinco prostitutas através do olhar cubista.
Conheci Picasso através do olhar meloso de uma paixão juvenil enterrada na adolescência. Talvez essa a primeira razão para não descobrir nas mulheres de Picasso a fealdade que outros sublinham!
Quiçá por a adolescência ser o período rosa das nossas vidas, sempre achei deslumbrantes as mulheres cubistas de Picasso. A sua beleza pode não ser arrebatadora, esmagar-nos no primeiro olhar, mas seduzem-me no encantamento dos ocultos. Os defeitos apaixonam-me: as falhas, as imperfeições, os vícios e erros, é aquilo que torna as pessoas únicas, especiais, irrepetíveis. E é isso que me encanta! Para encontrar a beleza das mulheres de Picasso, é preciso contempla-las, entregar-lhes o nosso tempo, desvendar o manto das primeiras impressões, procurar a sua beleza oculta, admirar os seus exteriores defeitos e perdermo-nos na sua formosura intrínseca!