Reflexão Pascal neste mundo confuso!

Quando por todo se comemora a ressurreição de Cristo e na China se divertem a espancar tibetanos, convido o meu bom leitor a fazer uma viagem reflexiva, uma introspecção analítica cognitiva, sobre as grandes querelas que norteiam os pensamentos mundanos. No meu caso, inquieta-me a escalada do preço do petróleo e a crise financeira nos Estados Unidos e a razão pela qual o símbolo da Páscoa é uma coelhinha! É que se na Páscoa não devemos ceder à tentação da carne, uma coelhita não será uma provação demasiado complexa para cedermos à tentação de provar?
Ainda sobre a Páscoa, inquieta-me a moda das calças descaídas a exibir as cuequinhas: nesses casos será politicamente correcto elogiar as cuequitas ou as regras de cortesia exigem que nos limitemos a olhar descaradamente, ignorando o elogio?
Ainda sobre a Páscoa é impossível ignorar as amêndoas e os pêlos púbicos! No caso dos pêlos, numa época em que a moda é rapa-los todos, a devoção pascal deverá levar o Homem temente a Deus a arranja-los ou durante a Quaresma deixar a natureza correr livremente o seu curso?
Porque há pensamentos que não devem perder-se em silêncios, urge gritar as dúvidas que nos consomem! E se há coisa que não compreendo, numa tradição judaico-cristã que convida à abstinência e condena a fornicação, porque raio nas suas mais exuberantes festas – Natal e Páscoa – os seus símbolos são fálicos: as coelhinhas da Páscoa e comer o bacalhau na consoada! É que é por estas e outras, que o Bin Laden ameaça a Europa e o Durão Barroso mandou o Bush invadir o Iraque…