Há semanas escrevi que a inexistência de uma auditoria externa e credível às tristes contas da autarquia bejense, foi um pecado capital de Jorge Pulido Valente! A frase assustou alguns e incomodou outros, não fosse Portugal um Estado que lida deliciosamente bem com a opacidade!
Deliciamo-nos a brincar às estatísticas, tão fiáveis como a meteorologia, mas temos horror à verdade dos factos, porque, infelizmente, a nossa Administração Publica continua a ser uma máquina burocrática sombria, um reino de arbitrariedade, onde na sombra se mexem pequenos e ocultos poderes, num ambiente fértil a comportamentos desviantes!
Há anos que estudo aquilo que tenebrosas e pensadoras mentes denominam de Democracia e Governo Electrónico, palavrão europeísta para designar a tentativa de aproximar os cidadãos do Estado, através do recurso às novas tecnologias, eufemismo para Internet!
E a minha defesa desta nova realidade prende-se com a susceptibilidade de o Governo Electrónica trazer transparência para a Administração Publica, seja central ou local!
Permita-me o ouvinte que o esclareça com exemplos: o que aqui se defende e propõe seria, por exemplo na CMBeja, que todos os valores fossem conhecidos dos cidadãos, permitindo desta forma não apenas uma democracia verdadeiramente participada, como incrementar os mecanismos de fiscalização cívica!
O que defendo hoje e já defendi no passado, nem sequer é inovador ou inaudito: o actual Governo Inglês veio ao terreno dizer coisas muito similares! Quando foram chamados a resolver o pântano gerado pela esquerda britânica e a supra necessidade de gerir melhor os recursos públicos, David Cameron prometeu disponibilizar na Internet os valores efectivamente gastos nos últimos anos e quais as medidas a tomar para reduzir essas medidas, quantificando quanto e como pretende poupar!
Regressando ao nosso caso, o que se sustenta é que se tornem públicos os valores pagas aos clubes e associações, os valores entregues aos órgãos de comunicação social, os preços de eventos e festas, a lista de devedores, os montantes pagos a funcionários, assessores e consultores e todas as outras despesas que, recorde-se, sendo autárquicas, dizem respeito a todos e cada um de nós! E, mesmo antes da denúncia, refuto a acusação de que se caminha para uma sociedade tipo big brother!
A transparência é um valor fundamental da actividade política, no sentido verdadeiro da palavra, devendo este ser um objectivo fundamental de todos aqueles que são chamados ou eleitos para a governação dos interesses comuns! E se Beja fosse pioneira, não apenas seria capital de uma democracia mais avançada, como seria um farol para que outros municípios e depois o Estado central dessem passos decisivos para, a muito depauperada, qualidade da democracia!
Coisas simples tipo " quanto é que vai custar a festa do vinho no castelo"
ResponderEliminar@H Sobre Transparência
ResponderEliminarTransparência
Como os Líderes podem criar uma Cultura de Sinceridade
Daniel Goleman, Warren Bennis, James O'Toole
Pequeno Resumo do Livro Aqui: http://www.gradiva.pt/livro.asp?L=59002
Pesa os prós e os contras das questões que, muito bem, coloca sobre a informação chegar aos cidadãos.
@anónimo- Exactamente! Quanto vai custar e quem vai pagar! Porque transparência é importante! Para mal de quem ama alimentar-se de boatos...
ResponderEliminarBoatos tipo quê: Já tem a empresa que vai organizar o evento contratada com trabalhos visiveis em curso e ainda não lançaram o concurso de consulta ao mercado?
ResponderEliminarTodo o tipo de boatos! Não sou daqueles que quando são os "nossos" vale tudo e se são os outros sou pêga virgem!
ResponderEliminarVamos nessa Vanessa, venha de lá a história da contratação fantasma...
ResponderEliminarMeus caros estão a deviar-se do tema.
ResponderEliminarEstou a 100% de acordo com o H.
Deve ser publicado o dito documento, com a contabilidade do anterior executivo, com detalhe ANUAL.
Tal e qual como, no final do ano civil, o novo executivo deve fazer exatamente a mesma coisa (ANUALMENTE).
cumprimentos
@anónimo - também estou totalmente de acordo consigo!
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