O mais distraído dos leitores poderá supor que pretendo com este meloso texto alerta-lo para o perigo de soprar numa vuvuzela emprestada! Mas não: esta dissertação é bem mais profunda, é um texto praticamente sociológico sobre o paradigma da vuvuzela e a portugalidade! Porque as vuvuzelas dizem muito do que é ser português!
Começo por um preliminar, em jeito de esclarecimento: excepto na televisão, nunca tive o prazer de ouvir uma vuvugaita a chiar: admito que talvez seja essa a razão pelo que sou daqueles que defende o instrumento. Ainda que para algumas mentes perversas, encontrem maldade nestas minhas palavras!
Talvez pelo que supra afirmei, tenho assistido com espanto e encanto a esta fúria lusitana contra as vuvus! São os protestos nas conversas de café, as doze mil comunidades no Facebook contra as gaitas, são manifestações a proibir o uso de vuvuzelas e o sexo anal, horas e horas de telelixo a falar sobre uma porcaria de uma gaita!
Mas o tuga é um bicho peculiar: hoje para chatear o meu irmão tive a deslumbrante ideia de ir comprar vuvuzelas para os meus dois sobrinhos (para a sobrinha não, que não quero que ela se habitue a andar a soprar objectos de aspecto fálico!), quando se não quando, constatei que as vuvuzelas estão sistematicamente esgotadas, com direito a lista de espera, sendo necessário a muito nacional cunha para conseguir comprar a porcaria da gaita!
Porque as vuvuzelas dizem tudo da portugalidade: passamos o tempo a critica-las, mas depois vamos a correr feitos otários para a Galp - da qual dizemos ainda pior do que das gaitas - para comprar a magotes aquela treta, para andarmos feitos tontos a zurrar pelas ruas em concertos e manifestações, preferencialmente a ouvir Tony Carreira, com uma mini na mão e a outra a coçar os tin tins!
Começo por um preliminar, em jeito de esclarecimento: excepto na televisão, nunca tive o prazer de ouvir uma vuvugaita a chiar: admito que talvez seja essa a razão pelo que sou daqueles que defende o instrumento. Ainda que para algumas mentes perversas, encontrem maldade nestas minhas palavras!
Talvez pelo que supra afirmei, tenho assistido com espanto e encanto a esta fúria lusitana contra as vuvus! São os protestos nas conversas de café, as doze mil comunidades no Facebook contra as gaitas, são manifestações a proibir o uso de vuvuzelas e o sexo anal, horas e horas de telelixo a falar sobre uma porcaria de uma gaita!
Mas o tuga é um bicho peculiar: hoje para chatear o meu irmão tive a deslumbrante ideia de ir comprar vuvuzelas para os meus dois sobrinhos (para a sobrinha não, que não quero que ela se habitue a andar a soprar objectos de aspecto fálico!), quando se não quando, constatei que as vuvuzelas estão sistematicamente esgotadas, com direito a lista de espera, sendo necessário a muito nacional cunha para conseguir comprar a porcaria da gaita!
Porque as vuvuzelas dizem tudo da portugalidade: passamos o tempo a critica-las, mas depois vamos a correr feitos otários para a Galp - da qual dizemos ainda pior do que das gaitas - para comprar a magotes aquela treta, para andarmos feitos tontos a zurrar pelas ruas em concertos e manifestações, preferencialmente a ouvir Tony Carreira, com uma mini na mão e a outra a coçar os tin tins!
Espero que esta "moda" acabe depressa!!
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarHehe
ResponderEliminarExcelente H.
Tive que linkar lá na rua.
Abraço
Um paradoxo da “portugalidade”!
ResponderEliminarSe por um lado temos a certeza absoluta de que a vuvuzela é dispensável, por outro não morremos enquanto não a abocanharmos....
Viva a vuvuzela e a quem “apita” nela!
Só vai a correr à Galp quem não se aguenta...
ResponderEliminarEu até já desconfiava que a culpa fosse dos familiares e amigos, que compram tudo o que podem (ou se lembram) às crianças, mesmo que não sirva para nada.
Os concertos do Tony... um dia ainda vou ver um ou dois :)
A portugalidade é, para mim, o facto de se uma pessoa tem, a outra também tem que ter! Eu sou contra a vuvuzela. Tá uma pessoa em época de exames e ouve-se na rua a cada 5 segundos o barulho da p*** da vuvuzela. Eu não sei como é que não se cansam, mesmo não soprando muito, aquela treta dá tonturas! Eu já estava agoniado com aquele zumbido de enchames de abelhas no mundial, até que a meo inventou uma funcionalidade para não se ouvir vuvuzelas! God bless a PT! Nem sei porque mal não conseguiram comprar a TVI. Salvavam o mundo português!
ResponderEliminarVuvuzelas? Mais uma técnica de marketing bem sucedida!
Desculpa Hugo...mas há uma nota de reprovação que tenho de deixar: Odiei a concepção machista e discriminatório no uso da vuvuzela...é porque a dita quando nasceu....- não tenho a menor dúvida - foi para todos (as)!!!!!
ResponderEliminarmaria celina nobre
Celina - depois dos disparates que escrevi sobre a VUVU, quis excluir a minha sobrinha!!!
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