domingo, junho 13, 2010

Os filmes da minha geração...


Na minha geração há dois grandes filmes que nos marcaram! Falo obviamente do Pretty Woman e do Instinto Fatal! Sobre o Pretty Woman não me apetece falar agora! Não por ser demasiado lamechas, mas porque, sobretudo, marcou as mulheres da minha geração! Como todos sabemos a mensagem subliminar do filme é claro: mulheres, podem ser rameiras à vontade, que mais tarde ou mais cedo aparece um parvo montado num cavalo branco que as tira da rua e, qual Luis de Matos, transforma pêgas em princesas! Mas não é sobre isso que quero iluminar aqueles que todos os dias vêm aprender a este blogue! Acabou de dar agora o Instinto Fatal, com aquela magnifica cena final onde ela tem a bimby escondida debaixo da cama, pronta para lhe dar umas facadinhas! O mais desatento leitor e a ingénua leitora podem pensar que o filme marcou a minha geração pelo suspense psicológico, pela intriga, pela banda sonora, pela actuação soberba dos actores e todas as outras mariquices que os críticos de cinema dizem: aqueles expressões sumarentas tipo enredo, enrolo, conteúdo, influência urbana e outros dislates que eles usam para se armarem em eruditos e lixarem a malta! Tretas, mas enfim... O filme marcou toda uma geração por três únicas e boas razões: a primeira, obviamente, aquele soberbo cruzar de pernas! Desde esse dia, as mulheres da minha geração perceberam, que só serão realmente sexys no dia em que forem passear sem lingerie, arejando o bacalhau! A segunda razão para ver o filme são as quecas, mormente, a queca no wc! O que nos levanta dois problemas! (eu sei que levanta mais coisas que dão problemas, mas isso agora não interessa nada!) Depois dessa cena, mulher que se preze só é sensual depois de comer outra mulher e, homem que é homem, tem de jantar alguém num wc, no jardim público, naquela relva do castelo ou qualquer outro sítio onde haja o risco de ser apanhado! Após essa cena, o sexo que era uma matéria privada feita no escurinho de um quarto, em regra com ela acordada, começou a ser obrigatório em locais públicos, pela pseudo excitação de ser apanhado! E sem que ninguém se questione que por alguma razão os pelos chamam-se púbicos e não públicos! Por fim, a cena final, se me permite a redundância estúpida de terminar pelo fim! Porque isto é terrivelmente importante! Recordo a cena! Ela com a faca na mão, depois daquela outra cena em que lhe diz que aquela foi a "queca do século", com a faca na mão, pergunta-lhe: que vamos fazer agora? E quando ele diz que vão fornicar que nem coelhos, ter um bando de filhos e viverem felizes para sempre, ela responde que não gosta de crianças e prepara-se para lhe dar uma facada! O que só não acontece, porque ele diz que não faz questão de ter filhos! Porque se ele fizesse questão em ter filhos, tinha sido feito em picadinho e ia ser alimento para os porcos! Posto isto, pergunto: o que aprendemos com este filme? Que para um gajo não ser triturado, tem que dar quecas como coelhos, com gajas que comem outras gajas e exigem o coito em wc nojentas, sem que possa aspirar à paternidade! Depois disto, ainda acham estranho o facto de ter sido a minha geração a inventar o casamento gay?!

8 comentários:

  1. Anónimo00:19

    De morrer a rir!! Está óptimo!!! Escreva um livro!

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  2. Anónimo01:20

    Excepcional!
    MR

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  3. H - em poucas coisas certamente concordamos, mas pelo pouco que conheço quanto ao apreço pela comidinha, o vinho e acima de tudo as gajas,não é em sentido depreciativo mas sim com muito respeitinho, militamos na mesma ideologia prática, ainda hoje comento essencialmente o cruzar de pernas da senhora como um dos momentos mais importantes da história do cinema.

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  4. A-nónimo - Gosto muito de quem discorda de mim! Tenho pavor a "unanimismos"!
    Cumprimentos

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  5. a "estória" das quecas na relva do castelo diz-me alguma coisa.... A minha mãe é que não gostava dos joelhas das calças de ganga sujos, mas pronto!

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  6. jocasipe - enalteço a sua coragem de assumir que ficava de joelhos...

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  7. ehehehe. Claro que estava de joelhos, com as costas na relva estiveram algumas "co(na)mpinhas", que escuso de referênciar, para proteger bons(?!) casamentos!

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  8. jocasipe - e eu a pensar que era moderno! ehehehe

    Abraço!

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Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!