domingo, março 02, 2008

A liberalização do Aborto...

Este mês comemorou-se um ano do referendo sobre mais um dos referendos que os eleitores portugueses decidiram não votar: mas, os resultados foram acatados e foi liberalizado o Aborto em Portugal. Quando decidi tornar pública a minha opinião sobre o referendo, chamei-lhe as razões do meu sim envergonhado, assumindo que votava sim, apesar de considerar a pergunta falaciosa, incoerente, falaciosa e hipócrita, mas preferível a não ter lei nenhuma. Preferia a solução que depois foi defendida por Marcelo Rebelo de Sousa, mas que um texto humorístico dos Gato Fedorento tornou risível, desvirtuando-a com um momento de humor virtuoso, pelo que, tudo isso são factos históricos, desinteressantes para a crónica que hoje assino!
Interessante é perguntar a todas aquelas Associações, muitas controladas por partidos, mas algumas saudáveis manifestações de pura, genuína e saudável cidadania (que aplaudo de forma inequívoca) o que fizeram neste ano para combater o verdadeiro drama para qual o aborto não pode ser solução: o que fizeram para combater o flagelo da gravidez indesejada, especialmente na adolescência? Depois de um massacre na opinião pública, sobre a praga das clínicas e vão de escada de aborto, quantas denuncias foram feitas desses locais, que vergonhosamente enriqueceram à custa do medo e receio de jovens e adultas que se viram constrangidas a escolher a opção possível ou o caminho mais fácil? Que medidas, que ideias, que projectos assumiram estas Associações para melhorar quer o planeamento familiar, para a consciencialização dos jovens para a importância vital dos contraceptivos, não apenas como meio possível para dificultar uma gravidez indesejada, quer como única forma de impedir doenças sexualmente transmissíveis!

3 comentários:

  1. Anónimo01:44

    Por falar de gravidez indesejada, já viu o filme "Juno"? Sublime.

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  2. Já te conheço o suficiente para não classificar este teu texto um "mea culpa", por outro lado, tenho a certeza que muitos indecisos nesta votação que acabaram por votar SIM, hoje em dia votariam NÃO se soubessem na altura o que sabem hoje.

    Pois, e respondendo à tua pergunta: pouco ou nada foi feito nesse sentido!

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  3. zig, não mudei! àquela pergunta (que sempre disse, q era hipócrita e mentirosa) voltaria a votar sim; mas, um sim envergonhado!

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Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!