segunda-feira, março 30, 2009

100 razões para amar Beja - 48

Fico triste quando passo na Praça da República! Especialmente depois do fim da tarde. Não vou reabrir neste espaço a velha questão se o programa Polis arruinou ou não a velha praça, perguntar pelo Pelourinho e os bancos, mais a história dos materiais utilizados!
O que me entristece não é apenas a parte estética, porque sempre achei a estética demasiado valorizada: a dor que se sente na Praça é o vazio do seu abandono!
Se durante o dia a Câmara Municipal, as Finanças e o Centro de Emprego oferecem alma à mais emblemática praça da nossa cidade, quando os relógios marcam as seis, a praça enche-se de solidão, um tremendo desespero angustiado que afasta os munícipes. Desespero que se estende pelo fim de semana, onde mesmo a sombra evita passear na Praça.
Quando a noite caí, especialmente as noites de quinta a sábado, os jovens procuram os bares que circundam o local, sem saber se na praça se pode ou não estacionar os seus carros, porquanto, durante semanas vigora a tolerância cúmplice para que depois entre em vigor a lei da multa!
Reabilitar a Praça da República devia ser uma missão de todos; mas viver a Praça é preciso que a Praça convide a cidade a visita-la: que lhe ofereça algo para que os munícipes sintam prazer e orgulho na sua avenida central, que exista algo que segure as pessoas na Praça. Para deixar de ser apenas mais uma rua triste...

14 comentários:

  1. É uma questão que já tem muitos anos! Pois, fazer o quê! Não é só essa praça que fica deserta depois da hora do fecho das lojas e instituições, é a zona histórica toda, exceptuando a zona dos bares mais noite dentro ou a zona do "Pax" quando há espectáculo.

    Claro que não é caso único em Portugal. Zonas dessas estão despovoadas, há imensas casas vazias, e os que por lá moram são maioritariamente pessoas já com uma certa idade que à noite preferem estar sentados frente à TV e ver novelas.

    A minha ideia, também de já há longos anos é algo que já fora realizado em outros países mas é impossível fazer por cá: banir os carros de vez dessa zona e criar um grande espaço só para peões. Foi possível fazer na minha cidade de eleição (Regensburg) onde inicialmente houve grandes protestos e até manifestações com cortes de rua etc. Hoje? Hoje é um exemplo a seguir, a zona antiga dessa cidade bávara está um mimo e atrai muita gente! Não se podia pensar, pelo menos pensar nisso cá também?

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  2. Anónimo03:20

    E tu? Tens alguma proposta H?.
    Talvez agora que tentas ser alguem no PS, possas ter alguma ideia. Ou é só por maldizer?

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  3. @anónimo - o que o PS pensa sobre a Praça, terá de perguntar a alguem do PS. Se eu tenho ideias para a Praça? Claro que sim!

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  4. Anónimo10:39

    Se reabilitar e animar uma praça ou uma rua é desejável,haverá que encontrar um certo equilíbrio e ponderação de interesses entre os moradores e os utilizadores. A questão dos ruídos produzidos ou a produzir e o direito ao sossego que têm os moradores são sempre factores a ter em conta por quem decide ou intervem no espaço público. Esse trabalho deve ser feito antes de qualquer intervenção, sob pena de se violarem direitos.

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  5. @anónimo - Tem toda a razão. Daí a importância das decisões serem discutidas com os interessados e não impostas!

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  6. Se é tema que me interessa são realmente os centros históricos e em especial o de Beja...daí que esteja a trabalhar essa questão academicamente. Entre os vários problemas que afectam o centro histórico gostaria de destacar os imóveis devolutos de grande dimensão. Temos vários no nosso centro histórico, imóveis de tamanho exagerado que para hoje alguém fazer habitação é impossível e que os proprietários não conseguem vender. Para além de se encontrarem a preços muito elevados para a conjuntura actual, mesmo quando surgem interessados em adquiri-los para lhes dar uma reutilização benéfica para a cidade em geral, como são exemplos os infantários, os centros de estudo, são tantas as entraves que o comprador acaba por desistir. Algumas delas têm a ver com a classificação de imóveis e as zonas de especial protecção que impõem um processo demorado entre IPPARES, DGEMNS, IGESPARES, instituições elas próprias frágeis e em constante reformulação, tal como o próprio património.
    Este é um dos muitos problemas mas sobre o qual se devia pensar seriamente, já que é a requalificação, a reutilização dos espaços e edificios que torna a cidade realmente vivida.

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  7. @helice - Concordo inteiramente. Mas é preciso fazer algo; deixa-los morrer não pode ser a solução!

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  8. Para quem é de Beja a Praça da República ficou completamente descaracterizada.... mas ainda este ano tive a experiência de levar a Beja amigos que nunca aí tinham estado ... a Praça foi muito apreciada, bem como os prédios de traço antigo que a circundam.
    Para mim é como se algo de antigo ainda resistisse ao tempo e aos caprichos dos Homens...

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  9. Anónimo12:06

    Eu, bejense genuína, optimista, ainda acalento um sonho : - ter na Praça da Republica uma animada zona de esplanadas, aonde todos (desde a primeira à quarta idade)possamos, no verão, refrescar.
    (Não esqueçamos que a Praça é a zona mais fresca da cidade, nas noites de verão!...).
    A propósito, em ano de eleições, quem quiser ganhar a Câmara é bom que esteja atento a estes anseios, não acham?

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  10. Laura20:01

    olá H
    Escolho esta mensagem para comentar... Gostei do teu blogue e da introdução! Vou certamente fazer parte das pessoas que contribuem para que este espaço seja mal frequentado.
    Em relação a "100 razões para amar Beja", estando fora, vai para 9 anos, custa-me voltar e vêr como está a minha cidade! Acho muito estranho apetecer-me andar pelas ruas de Beja no fim-de-semana e estar tudo fechado! Não me parece que o Centro Comercial vá solucionar o problema que Beja tem!... As ruas de Beja, por exemplo, davam um excelente Centro Comercial. Saber aproveitar e valorizar o que se tem. As noites de Verão, o sossego, as ruas, a boa comida... tanta coisa!
    Até breve.

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  11. Caro H:
    Os humanos vivem de mitos.
    Os mitos actuais da população portuguesa, não estão em sintonia com o viver no centro de uma cidade, onde o estacionamento automóvel é difícil e o que se procura está longe.
    Para se viver no centro de uma cidade, tem de se garantir uma saída fácil, um aparcamento gratuito e um impedimento à inflação dos imóveis.
    Há uns 15 anos passou por aqui uma senhora holandesa que era funcionária da Câmara em Haia, que me contou que ali, a Câmara tinha comprado o centro da cidade aos moradores idosos, que deixava lá viver e ia requalificando as habitações com rendas sociais.
    Quem nessa zona estabelecia os preços não era o "mercado" mas a Câmara.
    Mas em Portugal isso era um crime - "um atentado ao 25 de Abril".

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. @capitão - O que se fez em PORTUGAL com os centros históricos é um crime contra a humanidade. E as próximas gerações vão ter vergonha!

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