Durante a quase totalidade deste mês, decorrem as candidaturas dos Mais 23 para o Instituto Politécnico de Beja. Para quem ignora do que se trata, uso hoje este espaço para fazer publicidade gratuita e desinteressada para a minha entidade patronal.
Os Mais23 são uma forma diferente e, porque não assumi-lo, simplificada de ingressar no Ensino Superior, com reminiscências nos antigos exames ad hoc. A grande diferença é que o método de selecção é interno das Instituições e consiste numa prova escrita e numa prova oral, onde se tenta avaliar o curriculum profissional dos candidatos.
Ao longo destes anos ouvi e li imensas críticas aos Mais23, realidade que não vou escamotear hoje. Criticas, e devo sublinha-lo, quase sempre feitas por quem não conhece o terreno, quem desconhece a realidade concreta do actual ensino superior, pelo que, não raras vezes, impregnadas de preconceito maledicentes e erros de análise.
Obviamente que existem lapsos: uma nova simplificada de acesso ao Ensino Superior, em simultâneo com a Revolução de Bolonha e misturado com um gravíssimo problema de desorçamentação do ensino superior e limites absurdos para o financiamento de cursos, é susceptível de gerar abusos, que não pretendo fingir que não existem. Como, por outro lado, sempre e em qualquer circunstância que se procuram avaliar pessoas com base no seu curriculum, existe a possibilidade de lapsos, de erros de casting.
Dito isto, vamos ao mais pertinente. E permita-me o ouvinte a subjectividade de quem desde há uns anos trabalha todos os dias com estes alunos: gosto bastante dos alunos mais 23. Carregam consigo para o ensino a experiência de quem já sabe fazer, faltando-lhes a teoria que os ajuda a fazer melhor. Carregam consigo o empenho de quem está no mercado de trabalho e tem a ambição de ser melhor naquilo que faz!
As Candidaturas dos Mais 23 são uma excelente ideia e permitem uma maior democracia no acesso ao ensino superior: permitem a muitas pessoas a quem as vicissitudes da vida impediu que tirassem um curso superior na entrada da idade adulta o possam fazer na maturidade das suas vidas, cientes daquilo que realmente querem e conhecedores do percurso que devem percorrer! Mais. Tirar um curso na idade adulta, a maior parte das vezes com empregos e filhos, é um acto de coragem e de sacrifício que merece ser aplaudido! Um caminho duro, difícil, com momentos desesperantes em que apetece fugir e desistir! Mas um percurso que pode ser muito bonito! Acredite, porque o vejo quase todos os dias, nos últimos anos!
Por isso, termino com a pergunta, dirigida aos meus ouvintes com mais de 23 anos que ainda não abdicaram de sonhar: o que vai fazer este mês?
Os Mais23 são uma forma diferente e, porque não assumi-lo, simplificada de ingressar no Ensino Superior, com reminiscências nos antigos exames ad hoc. A grande diferença é que o método de selecção é interno das Instituições e consiste numa prova escrita e numa prova oral, onde se tenta avaliar o curriculum profissional dos candidatos.
Ao longo destes anos ouvi e li imensas críticas aos Mais23, realidade que não vou escamotear hoje. Criticas, e devo sublinha-lo, quase sempre feitas por quem não conhece o terreno, quem desconhece a realidade concreta do actual ensino superior, pelo que, não raras vezes, impregnadas de preconceito maledicentes e erros de análise.
Obviamente que existem lapsos: uma nova simplificada de acesso ao Ensino Superior, em simultâneo com a Revolução de Bolonha e misturado com um gravíssimo problema de desorçamentação do ensino superior e limites absurdos para o financiamento de cursos, é susceptível de gerar abusos, que não pretendo fingir que não existem. Como, por outro lado, sempre e em qualquer circunstância que se procuram avaliar pessoas com base no seu curriculum, existe a possibilidade de lapsos, de erros de casting.
Dito isto, vamos ao mais pertinente. E permita-me o ouvinte a subjectividade de quem desde há uns anos trabalha todos os dias com estes alunos: gosto bastante dos alunos mais 23. Carregam consigo para o ensino a experiência de quem já sabe fazer, faltando-lhes a teoria que os ajuda a fazer melhor. Carregam consigo o empenho de quem está no mercado de trabalho e tem a ambição de ser melhor naquilo que faz!
As Candidaturas dos Mais 23 são uma excelente ideia e permitem uma maior democracia no acesso ao ensino superior: permitem a muitas pessoas a quem as vicissitudes da vida impediu que tirassem um curso superior na entrada da idade adulta o possam fazer na maturidade das suas vidas, cientes daquilo que realmente querem e conhecedores do percurso que devem percorrer! Mais. Tirar um curso na idade adulta, a maior parte das vezes com empregos e filhos, é um acto de coragem e de sacrifício que merece ser aplaudido! Um caminho duro, difícil, com momentos desesperantes em que apetece fugir e desistir! Mas um percurso que pode ser muito bonito! Acredite, porque o vejo quase todos os dias, nos últimos anos!
Por isso, termino com a pergunta, dirigida aos meus ouvintes com mais de 23 anos que ainda não abdicaram de sonhar: o que vai fazer este mês?
O Dr. Hugo é diferente dos outros professores, além da elevada qualidade técnica, o que o mais o caracteriza é respeito pelos seus alunos.
ResponderEliminarEntrei este ano em Gestão de Empresas através do M23 e a minha vida é: trabalhar, colaborar voluntariamente com algumas instituições privadas sem fins lucrativos, fazer uma média de 700 km semanais para assistir as aulas.
Com muito trabalho consegui fazer todas as unidades curriculares do 1º semestre.
Para acérrimos críticos do M23, uma constatação: podem ver os resultados do 1º Ano, nomeadamente a Turma C (onde se concentraram a maioria dos alunos que entraram para GE) e comparem as restantes turmas desse curso...
Abdul, o Mouro
Por acaso este mês vou-me inscrever :P Já que me baldei ao estudo quando não devia...
ResponderEliminarTiro o chapéu ao professor. Ponto.
ResponderEliminarSem duvida um professor muito especial, daqueles que apetece ir às aulas. Não é por acaso que as suas estão sempre cheias!
ResponderEliminarAfinal sempre vou escrever qualquer coisita!!Não podia deixar de elogiar este post, que ,para alem de estar bem escrito(como sempre), é sobre um tema que me diz respeito e de certa forma mudou a minha vida. Concordo com todas as plavras do professor relativamente á iniciativa dos mais de 23!tentei numa brincadeira, nunca pensei que fosse capaz,mas afinal, quando me apercebi...estava a estudar para os testes e a abanar a cadeirinha do bebe para dormir!!
ResponderEliminarAquelas coisas que nem nós percebemos de como somos capazes! Passei a primeira fase (adaptação), penso que a partir de agora preciso manter a (motivação). Sou Mae (2 filhos),trabalhadora e dona de casa(2º emprego).Eu brico muitas vezes quando digo que estou a frequentar o curso de s.social e gestão(neste caso pessoal).Não é fácil,mas é como tudo na Vida, quando queremos muiiiito,conseguimos!
Professor,obrigado pelo texto que demosntra que é sem duvida reconhecedor do nosso esforço!
Dá-me muita alegria perceber que há quem aproveite estas oportunidades e consiga tirar proveito delas. Os M23 estão para sempre, para o bem e para o mal,na minha vida e no meu curriculo profissional. E há gente de muito nível e enorme capacidade de trabalho. A alguns eu daria os 18 e 19 que nunca dei...
ResponderEliminarForça e parabéns...pela primeira vez terminam o curso pessoas deste novo regime e é com muito prazer que espero vê-los a receber o canudo