quarta-feira, setembro 29, 2010

Dizem que é mais um PEC...


A primeira vez que participei num trio, ouvi a expressão, uma desgraça nunca vem só! Hoje basicamente aconteceu-me o mesmo: no intervalo do jogo do meu patético Benfica, fiz um belo de um zapping e vi a notícia do assalto fiscal! E não só fiscal! 
Não sou economista! Mas gosto de ler e aprender com quem sabe mais do que eu! Pelo que em Fevereiro escrevi este texto que hoje mantenho! Em Fevereiro: quando ainda não se despediam funcionários públicos em Cuba, não se falava no colapso do financiamento, não se esperava o FMI ou a bancarrota era uma possibilidade ou mesmo, como defende agora os economistas, colocar as mulheres portuguesas entre os 18 e os 40 a fazer sexo com estrangeiros para amortizar a dívida pública! 
Gostamos mais de ser avestruz do que ouvir e enfrentar a verdade! Pelo que andamos a brincar com a crise, como se por milagre a crise pudesse desaparecer! Ou dizendo palermices populistas para alegrar o povinho! 
Até admito que as medidas de hoje sejam necessárias! Mas não admito que sejam tomadas sem primeiro atacar o despesismo público, as sanguessugas que se alimentam do trabalho alheio! Mas... nem vou entrar por aí! Porque ao lado da questão económica, suscita-se uma questão política!
Assumir o caos num momento em que é impossível convocar eleições, por um período de um ano, é uma inaceitável falta de vergonha! Porque hoje... a opção é aceitar este PEC ou aceitar este PEC! Ou rezar para o PS ter a capacidade para resolver internamente parte do problema!

21 comentários:

  1. Dica22:02

    O país de hoje em termos económicos e financeiros é um autêntico " baralho de cartas " no qual nós somos as ditas cujas.

    Era mais do que esperado este conjunto de medidas nas despesas e nas receitas ( impostos ), com toda a sinceridade eu esperava outras e mais severas, e ainda não tenho informação para saber qual o imposto especial no sector financeiro e o que ele representa em euros e anualmente no Orçamento de Estado de 2011.

    Só quem não queria é que não via que a " coisa " estava e está mesmo preta, com impostos a subir e vencimentos a descer, é a austeridade por enquanto, porque prevejo revisão do OE para o ano ...

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  2. Infelizmente, elefantes brancos, como o TGV, a terceira travessia do Tejo e o novo aeroporto de Lisboa mantêm-se.
    Diz o nosso primeiro (deles, de quem votou nele) que já em Março, quando do PREC 2, se podia prever que isto fosse necessário, embora prematuro.
    Então porque é que entretanto se comprometeu com as obras atrás mencionadas, de tal forma que se calhar se paga quase tanto de indemnizações para as cancelar como se irá pagar para as concluir?

    E os tais 13700 institutos públicos e afins? Quantos vão acabar?

    Espero, pelo menos, que as negociações com a oposição, permitam pelo menos aumentar o IVA só para os 22%. Pois esta medida de aumentar o IVA é perversa. Digo eu que não percebo "népia" de economia. Porque, se por um lado gera receitas, por outro reduz o consumo e aniquila a já fraca competitividade dos produtos portugueses para exportação.

    E a merda do Benfica perdeu outra vez.

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  3. Pedrada no Charco ...22:30

    Será que certo tipo de cidadãos não têm a capacidade de avaliar que desde à muitos anos atrás Portugal está a viver acima da sua capacidade real de produção.

    A pergunta que se faz é a seguinte :

    Quantas famílias portuguesas ( acho que mais de 10 % ) tem um empréstimo bancário para habitação, automóvel, viagens ou outro crédito pessoal para outra coisa qualquer.

    Quem fomentou este consumismo desenfriado foi a própria banca, porque quanto mais dinheiro vendeu e endividou as pessoas, mais dinheiro ganhou em juros e veja-se os milhões de lucro que têm nestes tempos de crise, porque eles nunca apresentam prejuízos e como tal eles " banca " deveriam ser os principais penalizados.
    Para além de serem na maior parte das vezes acionistas das maiores empresas portuguesas e como tal ganham de 2 formas.

    Se alguém tem alternativa tem aqui e agora uma boa possibilidade de ganhar o seu " euromilhões ", com opinião na sua própia medida política a tomar.

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  4. Pedrada no Charco ...22:32

    Não é 10 % mas sim 90 %, desculpem o lapso.

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  5. Se ao menos o SLB tivesse ganho isto ainda passava um pouco desapercebido.......

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  6. Anónimo23:48

    Oh Dica travestida diga-me quanto vai ganhar a menos, ou as suas ajudas de custa e outros benefícios suplantam esses "miseros" 5%?

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  7. Claro que tinha que anunciar essas medidas durante o jogo do Benfica...

    3 coisas me ficam na cabeça com esta história toda:

    - "preparou-se" com um alegado mal-entendido com o líder do PSD para se vitimar e assim, quase como que obrigar os mesmos a aceitar essa solução (zero)

    - populismo: a 1º medida que anunciou foi a mais "popular", ou seja, reduzir os salários de funcionários pagos pelo estado que ganham acima de 1500€ (3,5% e subindo). Falou tanto dessa medida como se fosse a melhor de todas

    - depois, com as orelhas já gastas dos ouvintes, anuncia o aumento do IVA quase de passagem, como quem não quer a coisa, querendo minimizar a medida mais grave deste plano de austeridade - 23%...meu Deus!!

    Pró ano há mais, disso tenho a certeza!

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  8. Zig - Gostei de ler! Porque a indignação é a arma dos justos!

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  9. Anónimo11:08

    Parece que os cortes não são para todos, pois já o nosso "caro", e quando digo "caro" não estou a fazê-lo depreciativamente, H já anunciou o próximo grande evento da CM Beja, a feira Groumet, quando 90% do Portugueses cada vez mais se sentirão com sorte se puderem comprar o pão para fazerem uma singela açorda sem peixe, só com os coentros alho, um fiozinho de azeite e água.
    Espero que o despesismo que se tem verificado na função publica, que vão desde ordenados chorudos até à mudança de fechaduras de todas as portas de um edifício publico para vetar o acesso dos funcionários e até à contratação com ordenados impraticáveis de afilhados, primos e demais familiares para cargos que em nada beneficiam o funcionamento das instituições acabe.
    Quanto às medidas, quem vai pagar a crise são sempre os mesmos...o zé povinho, que também não se livra de ter culpa no cartório, pois foi ele que lá meteu o sr. eng.º sem canudo josé socrates.

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  10. @anónimo - O H não anunciou coisa nenhuma: apenas falou num evento que está agendado para breve! Que pode ser importante para apoiar as empresas da região! Há quem prefiro apostar em festas com o Toy, eu prefiro promoção económica!
    Quanto ao resto, estamos em sintonia: há que acabar com o despesismo do Estado, a todos os níveis! Nomeadamente no clientelismo político: e espero bem que a actual CMBeja não faça com os anteriores executivos, que transformaram a autarquia na grande família comunista!

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  11. Anónimo11:21

    Caro H,
    Pois,Pois... à mulher de César não basta sê-lo, tem que parecê-lo

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  12. Exactamente! É o meu lema! E dou a cara por ele!

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  13. Enquanto não houver quem no poder "os" tenha no sítio para agarrar pela jugular a verdadeira máquina do Estado que está gorda e anafada, as ParPúblicas, as Câmaras, as Associações, os Institutos, as Fundações, o sector empresarial público, pegar numa borracha e num lápis para começar a cortar rúbrica por rúbrica, nada disto vai valer a pena.

    No ano que vem, o IVA aumenta para os 25%, haverá novos cortes na função pública, e novos cortes noutras pequenas coisas mas que ao cidadão comum fazem falta (o abono de família, principalmente em famílias monoparentais e/ou com mais de dois filhos). Sim, porque não vamos passar dos 7,4 para os 4,3% para 2012 "só" com as medidas ontem anunciadas (sem mexer na tal máquina anafada).


    Sabem que vos digo? Venha o FMI, por amor da Santa! Os subsídios de férias e Natal serão cortados com certeza, mas pelo menos eles não têm laços de amor com a serventia política que as 14 mil entidades públicas que ano após ano sugam dinheiro ao Estado representam, e por isso também nessa gente toda irá fazer cortes a fundo.

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  14. Ferrão - Por vezes, parece-me, que há muita excitação e pouca reflexão!

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  15. Excitação não é bem a palavra certa, Professor. O último parágrafo foi um "grito" de desespero, jamais um desejo. Eu sei que não estava cá para ver, mas eu sei o que representou a vinda do FMI em 83...

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  16. Ferrão - Não me referia às suas palavras, especificamente! Refiro-me aos comentadores e mesmo aos decisores políticos!
    As coisas estão muito graves! E neste momento é preciso não voltar a errar!

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  17. O erro está precisamente nos termos que estão em causa. Comentadores políticos, e decisores políticos. O que nós precisamos é de decisores económicos e financeiros, decisores com sentido de Estado. A política pode esperar...

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  18. Quiçá não, Ferrão! É preciso colocar a economia ao serviço do Estado, não o Estado ao serviço da economia!

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  19. Precisamente. Um decisor económico com sentido de Estado é alguém que colocará sempre o interesse do Estado acima de qualquer outro.

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  20. Ferrão - Se conseguir, no fds escrevo um texto com o titulo: porque eu não queria ser o Passos Coelho!

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  21. Ainda na última aula com a Prof. Marlene também respondi a essa pergunta...

    Mas o Prof. não é afilhado do Ângelo Correia, por isso também mesmo que quisesse não conseguia.

    Cá estarei para ler e comentar!

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