Não tinha pensado escrever aqui sobre o comício festa do Bloco de Esquerda com Manuel Alegre! (não me refiro ao ex-comunistas presentes, porquanto, até ao dia que saíram do Partido, ninguém sabia quem eles eram!). Nem vou falar na participação de Manuel Alegre num comício que objectivamente é contra o partido de que ele é militante! São coisas deles, eles que resolvam!
Mas adorei ler a posição de um comunista! Para ele esta foi a festa dos neoliberais disfarçados que fizeram aquilo para desviar as atenções do excelente resultado previsível do PCP nas próximas legislações! Esclarecedor!
A tempo: vi ontem uma entrevista a um brilhante intelectual português, um dos mais ilustre alentejanos: Miguel Urbano Rodrigues! Ouvi-lo é delicioso! E quando terminou o programa, fui para a cama a pensar, qual a diferença entre o Comunismo e as Religiões!
Adenda: Eu gosto desta coisas das esquerdas! Acho piada a distinção entre a verdadeira esquerda e a falsa esquerda e depois, dentro da verdadeira esquerda a esquerda que é uma esquerda a sério e a esquerda séria que não é seriamente de esquerda! Já para não falar na esquerda que é de direita, muito criticada pela esquerda, mas que, segundo as verdadeiras esquerda não é uma esquerda verdadeira!
Mas adorei ler a posição de um comunista! Para ele esta foi a festa dos neoliberais disfarçados que fizeram aquilo para desviar as atenções do excelente resultado previsível do PCP nas próximas legislações! Esclarecedor!
A tempo: vi ontem uma entrevista a um brilhante intelectual português, um dos mais ilustre alentejanos: Miguel Urbano Rodrigues! Ouvi-lo é delicioso! E quando terminou o programa, fui para a cama a pensar, qual a diferença entre o Comunismo e as Religiões!
Adenda: Eu gosto desta coisas das esquerdas! Acho piada a distinção entre a verdadeira esquerda e a falsa esquerda e depois, dentro da verdadeira esquerda a esquerda que é uma esquerda a sério e a esquerda séria que não é seriamente de esquerda! Já para não falar na esquerda que é de direita, muito criticada pela esquerda, mas que, segundo as verdadeiras esquerda não é uma esquerda verdadeira!
Chiça, foste para a cama pensar nisso?
ResponderEliminarDormiste bem?
SOU UM MILITANTE DO PSD, TAMBEM FIQUEI DELICIADO COM A ENTREVISTA A ESSE ILUSTRE ALENTEJANO
ResponderEliminarEsta coisa das esquerdas tem lá que se diga como soi dizer-se.Nos tempos a seguir ao 25/4/74, todos os partidos se diziam socialistas, note-se, digo todos.Desde o CDS, passando pelo PSD até ao PS e PCP.Com o andar da carruagem, as coisas foram-se clarificando, mercê do oportunismo de uns, de novos ventos que começaram a soprar de vários lados, enfim, da clarificação, que o tempo, esse eterno fazedor de história se encarregou de fazer.Esta questão, parecendo dispicienda, não o é de forma alguma e até tem contribuido para uma grande confusão ideológica e programática na sociedade portuguesa. Resumindo e concluindo, onde se lê CDS, devemos ler, conservador de direita; onde lemos pSD, devemos ler conservador liberal; onde lemos PS, devemos ler social democrata liberal; onde lemos PCP, devemos ler comunismo, também com algumas alterações ideológicas e programáticas, poucas, como sabemos. Agora o que veio baralhar isto tudo foi o PS de Sócrates ter perdido a vergonha na cara e ter usurpado o espaço político que era do PSD e que o PSD envergonhado nunca soube ou teve coragem politica de aplicar. A receita do Sócrates, chega atrasada a este país mais de 15 anos, como acontece com tudo. Por isso, as contas estão a sair-lhe furadas porque o capitalismo mudou, tornou-se essencialmente financeiro e especulativo, a China e A india vieram baralhar tudo, a especulação tomou o freio nos dentes e o capitalismo que os seus teóricos tão bem descreveram, sem nunca se chegarem ao pé de Marx,foram surpreendidos, apanhados em falso.Porque isto da economia não é uma ciência e basta uma leve borbulhagem nos EUA para tdos ficarmos com gripe.Mas como dizia, a confusão está lançada e aí reside a dificuldade do PSD se afirmar.Imaginem alguèm a querer meter as pernas numas calças onde já outras pernas estão enfiadas...É este o drama. A esquerda,como entidade homogenea, não existe, existem sim várias esquerdas.E é bom que não nos esqueçamos, mesmo aqueles que por moda ou convicção pouco esclarecida, que o capitalismo liberal e financeiro tem os dias contados.Por uma unica e exclusiva razão, o mundo não aguenta.As reservas naturais, esta sociedade da internet,exigem um outro mundo, onde a predação capitalista não tem lugar.Por isso, sou, cada vez mais, anti-capitalista liberal. E esta hein??? Y
ResponderEliminarAcerca da participação do Manuel Alegre no referido comicio, eu pergunto: Quando o PS se alia à direita para governar ou para aplicar as suas politicas, será que o PS está a trair-se a si próprio, ou só há traição quando o Manuel Alegre toma posições politicas em consonância com outros sectores da esquerda? Y
ResponderEliminarE toda essa esquerda contra a direita! Pois bem, mas quem é que é essa direita? O PSD, na Europa, é considerado um partido de esquerda, por isso, só resta o CDS e os monárquicos...
ResponderEliminar@ Y - Estamos em quase acordo e, simultaneamente, em profundo de desacordo!
ResponderEliminarSobre a análise a 1974, quase em sintonia: só no CDS, tenho dificuldades em dizer que era de esquerda! Sendo certo que não se assumia de direita, não tenho memória de alguma vez ter dito que era de esquerda (nao deixa de ser curioso que, se analisarmos as coisas a frio, Freitas do Amaral ter sido o político não comunista, que desde 1974 manteve o discurso mais uniforme!)
O que nos afasta: sendo certo que nunca existiu em Portugal um verdadeira governo de esquerda, também não acho que tenha existido um governo de direita! Onde diz que há Direita a mais, entendo que sempre houve direita a menos: o que há é um centrão de enorme promiscuidades!
"h", 1-no programa do CDS na altura dizia, a dado passo que era um partido socialista de cariz personalista e matriz cristã. 2-Sendo assim, gostaria, se não for muito o incómodo, que me dissesse o que entende por direita. Y
ResponderEliminar@ Y -
ResponderEliminar1 - sem essa expressão, era possível o CDS poder concorrer às eleições de 75?
2 - Acho que temos demasiado Estado! Já me assumiu como liberal, mesmo antes desta mui recente vaga de liberais do PPC! Não estou próximo de uma direita confessional, até porque sou agnóstico! Quando falo em pouca Direita, refiro-me a um Estado mais leve, sem temer os privados (mas regulando-os), igualdade de oportunidades e não igualitarismo, mais espaço para os cidadãos e para a sociedade civil.
Essa sua utopia é ainda menos realizável do que a utopia comunista. O muro de Berlim do capitalismo está a ruir e vc não se apercebe disso? Não está a ver no que deu o liberalismo e o "menos estado"? Vc como homem inteligente deve estar a ver o que o capitalismo faz com as chamadas leis do mercado. Transforma-as a seu bel prazer. Não queira viver numa sociedade de liberalismo económico.Isso é utópico e perigoso, para os povos e para o planeta. Eleja os privados a um deus e depois queixe-se como dizia o Manuel Alegre.Y
ResponderEliminar@ Y - Você é, sem sombra para dúvidas, das pessoas mais inteligentes que comenta neste blogue! Pelo que é sempre um prazer discutir consigo! Por isso.. vamos à guerra!
ResponderEliminarDesconfia do liberalismo porque teme os Privados! Mas confio no Estado? Quer maior promiscuidade que os interesses privados que se alimentam da infindável máquina do Estado? Que faz menos, pior e mais caro que os privados, alimentando uma corja de indolentes sem mérito?
Não endeuso privados nem defendo a abolição do Estado! Quero um Estado forte, mas regulador, impondo regras de transparência e usando a fiscalidade, quando necessário, como arma para apaziguar desigualdades e um Estado que garanta direitos fundamentais!
Não estou no tempo de Adam Smith e reconheço grandes debilidades ao capitalismo! Mas estou como Churchill: é um péssimo sistema, mas o melhor de todos os conhecidos!
esquerda de direita , direita de esquerda!!h, sabes explicar qual o papel do pacheco pereira no psd?
ResponderEliminarMeu amigo "h", se me permite este tratamento, vamos então à "guerra".Em primeiro lugar só uma observação. O que Churchill disse não foi em relação ao sistema capitalista mas sim em relação à democracia.Disse ele: "A Democracia é o pior sistema que se conhece, com excepção de todos os outros que já foram experimentados". Foi esta a célebre frase... Penso que a questão da democracia não está em causa, ao fim e ao cabo somos todos democratas, à excepção dos ditadores.No entanto, se em termos teóricos podemos falar assim, se aprofundarmos um pouco mais o conceito de democracia, já que deve concordar que os conceitos substantivos, não são imutáveis, chegamos facilmente à conclusão que podemos identificar vários tipos de democracia: Democracia formal e representativa; democracia representativa, social, económica e cultural.Aqui reside uma grande diferença. Há aqueles que acham que a democracia deve ser um sitema politico que só se deve preocupar com a parte da representação levada a cabo pelos partidos.É uma democracia formal que acredita que ao estado apenas cabe assegurar a justiça, as forças armadas e policiais e a cobrança de impostos.O mercado e os seus agentes encarregar-se- ão de assegurar tudo o resto. Para mim isto é uma utopia. È pensar que o mercado é gerido ou dominado por pessoas de bem, ou tocadas pelo dom divino. Nada disso, no dia em que estivermos nas mãos do mercado, estamos fritos, e já começamos a estar, veja-se o caso da Galp. Acerca da iniciativa privada, se estamos a falar de Portugal, é mesmo para ter medo.Não acha? Ou duvida que o estado em que o país está tem muito a ver com a inépcia dos nossos empresários? Você já viu que fala como se o estado em POrtugal fosse detentor de alguns sectores da economia, mas o estado português pouco mais tem do que as funções básicas que referi.Você conhece os sistemas de saúde, segurança social e de educação dos EUA, capital mundial do liberalismo? É que eu conheço e podemos partir desse caso concreto para vermos para onde foram atirados mais de 50 milhões de norte americanos.Y
ResponderEliminarY - mantém as palavras de churcill ora adaptadas: um péssimo sistema, mas o melhor que conheço!
ResponderEliminar"Y" Se o homem ao longo da história se tivesse contentado com aquilo que conhecia, ainda estavamos a usar utensílios de pedra....Em cada época histórica o homem soube encontrar soluções para os mais variados desafios: técnicos, tecnologicos, artisticos, cientificos e politicos.Porque não? Yes we can!!! ObamaaaaaaaaaaaaaaaY
ResponderEliminarNota:"h"
ResponderEliminar@anónimo: nem eu faço a maldade de comparar Manuel Alegre a Obama!
ResponderEliminarMas.. deixo a pergunta: que solução prescreve?
"h" a solução passa, em minha opinião, por uma nova ordem mundial, que faça do primado da justiça e da liberdade as suas traves mestras.Uma nova ordem que não seja refém do capitalismo financeiro e especulativo, e que assente na economia real.Um sistema próximo dos países nórdicos,onde penso existir o sistema mais próximo da minha utopia.Mas tudo isto merecia uma longa explicação, porque tudo isto é bem mais complexo.No entanto, uma coisa para mim é certa e segura, o capitalismo financeiro, dito liberal é, apenas, a transposição para o homem da famosa lei da selva. Certamente conhece...Acerca de Manuel Alegre, apenas retenho o poeta, o combatente da liberdade e pouco mais. Acerca de Obama, penso que se o mundo tiver a sorte de ele ser eleito, será possível encetar um novo rumo para a humanidade.Caso contrário será o descalabro económico, politico, social e civilizacional a que Bush, o tal do liberalismo, conduziu o mundo.Não é por acaso que Obama tem as preferências, segundo sondagens da esmagadora maioria dos habitantes dos paises europeus.É um caso a seguir com muita atenção.Para mim muito mais importante do que saber das dores de corno do Santana, da postura severa e salazarenta da Manuela, na esteira de Cavaco,(eles sabem que dentro de cada português espreita um salazarzinho); ou dos arroubos de esquerda do dr Soares, ou da arrogância do Sócrates.São ridiculos todos eles e, sinceramente, tenho mais que fazer do que os aturar. Um excelente fim de semana. Y
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