Conversas de café

Distraído a ler o pasquim no café (porque de borla, até leio o pasquim) questionam-me sobre onde em Beja há um bom Mastro! Refeito da surpresa e depois de constatar que não se tratava de nenhuma proposta insolente, expus a minha ignorância e vim para casa a meditar sobre os Santos Populares na cidade de Beja.
Não! Não tentem procurar nestas palavras uma crítica à Câmara Municipal de Beja! Não acho que a CMB deva organizar Mastros e a ultima coisa que queria era ver o Presidente Chico (para os amigos, porquanto para mim é Drº Francisco Santos) a grelhar sardinhas, o Vereador Caixinha a servir copos de vinho e bejecas, o Vereador Ramalho a temperar a salada e o Vereador Monge responsável pela música!
Medito sobre os Mastros em Beja porque me recorda a infância! Apreciador de sardinha no pão, gosto sempre de observar os trajes cuidados com que o pessoal vai ao bailarico, interiorizar a qualidade da musica, deliciar-me com a arte dos bailarinos, flirtar as guapas com o molho das sardinhas a escorrer pelos queixos, encantar-me com o charme com que se limpam à roupa e aos braços! Sobretudo, comove-me quando pelas duas, os calores da noite fria, transformam o mastro num areal de porrada, onde quase todos regressam para casa, cheinhos de umas boas batatadas! Sim, desde que há cerca de vinte anos num Mastro no Museu vim uma valente batalha campal, que adoro os santos populares aqui na paróquia!
E, como prometido, deixo a pergunta: onde há mastros em Beja este ano?

PS – Diz lá agora mal de mim? Não te disse que ia perguntar no blogue onde podias ir comer uma sardinha?

Fora de Contexto: Mas não há ninguém que ponha ordem nos loucos da Asae?