
"O que nunca ninguém diz, porventura com medo de parecer vaidoso, é que a inteligência tem um preço: a solidão" (Nuno Lobo Antunes)
terça-feira, março 31, 2009
Abençoado Conselho...

Fora de Contexto: Pode ouvir aqui a minha ultima crónica. Por parvoíce minha, só hoje percebi que as crónicas de quinta estão disponíveis no site!
100 razões para amar Beja - 49
Mas "regresso" hoje aos tempos lisboetas para partilhar uma inconfidência: com o passar dos tempos, adquiri um dos meus vícios rotineiros: as segundas à noite no cinema, quase invariavelmente no Cascaisshoping.
E quando regressei a Beja - para além dos amigos e da confusão - o que mais senti falta foi do cinema na cidade de Beja. Ao tempo, ainda o Pax-Julia estava em obras e estava a começar o cinema no Melius; a Capricho esforçava-se por passar bom cinema, aquele menos comercial, mas a sala não tinha as menores condições para permitir ver um filme. E falo dos meses "normais": porque quando o Inverno descia a cidade, ver cinema na Capricho era terrível. Ainda recordo uma linda constipação quando me esforcei para ver um filme português de nome Jaime, cuja única recordação que guardo é o terrível frio que apanhei.
O cenário de hoje não é melhor! O Pax tenta ter cinema de quando em quando, mas de modo descontinuo; e a empresa que explora o Melius, continua a trabalhar como se fazia há vinte anos: um filme por semana, um horário por dia, sem grandes possibilidades de reservar bilhetes. E confesso que onze anos depois sinto a mesma tristeza pelo triste panorama do cinema na nossa cidade...
segunda-feira, março 30, 2009
100 razões para amar Beja - 48
O que me entristece não é apenas a parte estética, porque sempre achei a estética demasiado valorizada: a dor que se sente na Praça é o vazio do seu abandono!
Se durante o dia a Câmara Municipal, as Finanças e o Centro de Emprego oferecem alma à mais emblemática praça da nossa cidade, quando os relógios marcam as seis, a praça enche-se de solidão, um tremendo desespero angustiado que afasta os munícipes. Desespero que se estende pelo fim de semana, onde mesmo a sombra evita passear na Praça.
Quando a noite caí, especialmente as noites de quinta a sábado, os jovens procuram os bares que circundam o local, sem saber se na praça se pode ou não estacionar os seus carros, porquanto, durante semanas vigora a tolerância cúmplice para que depois entre em vigor a lei da multa!
Reabilitar a Praça da República devia ser uma missão de todos; mas viver a Praça é preciso que a Praça convide a cidade a visita-la: que lhe ofereça algo para que os munícipes sintam prazer e orgulho na sua avenida central, que exista algo que segure as pessoas na Praça. Para deixar de ser apenas mais uma rua triste...
domingo, março 29, 2009
sábado, março 28, 2009
Não é o estilo do blogue, mas fartei-me de rir! Frases de miudos de dez anos...
- O Papa vive no Vácuo (!?)
- Antigamente na França os criminosos eram executados com a Gelatina (pelo menos assim não doía tanto)
- Em Portugal os homens e as Mulheres podem casar. A isto chama-se monotonia. (é frustrante que até na 2ª Classe já pensem assim...)
- Em nossa casa cada um tem o seu quarto. Só o papá é que tem de dormir sempre com a mamã. (Um destino terrível...)
- Os homens não podem casar com homens porque então ninguém podia usar o vestido de noiva. (que pena ahh)
- Um seguro de vida é o dinheiro que se recebe depois de ter sobrevivido a um acidente grave. (Certo! E estas pessoas em regra vivem com outro nome no Brasil)
- Os meus pais só compram papel higiénico cinzento, porque já fui utilizado e é bom para o ambiente. (Que bom!)
- Adoptar uma criança é melhor! Assim os pais podem escolher os filhos e não têm de ficar com os que lhe saem. (Pois é, com os animais de estimação também funciona assim!)
- Adão e Eva viviam em Paris. (Sim, sim lá também é Paradisíaco)
- O hemisfério Norte gira no sentido contrário do hemisfério Sul. (Viver ao longo do Equador deve ser muito divertido)
- As vacas não podem correr para não verterem o leite. (Que bom saber isso)
- Um pêssego é como uma maçã só que com um tapete por cima. (Nunca tinha pensado nisto!)
- Os douradinhos já estão mortos há muito tempo. Já não conseguem nadar! (Conseguem sim! No óleo da frigideira)
- Eu não sou baptizado, mas estou vacinado. (Esta tenho que ensinar aos meus filhos!)
- Depois do homem deixar de ser macaco passou a ser Egípcio. (Mmm... isto ainda não sabia!)
- A Primavera é a primeira estação do ano. É na primavera que as galinhas põem os ovos e os agricultores põem as batatas. (Nunca mais como batatas)
- O meu tio levou o porco para a casota e lá foi morto juntamente com o meu avô. (Bem, se o avô já lá estava…)
- Quando o nosso cão ladrou de noite a minha mãe foi lá fora amamenta-lo. Se não os vizinhos ficavam chateados. (E assim como terão ficado?)
- A minha tia tem tantas dores nos braços que mal consegue erguê-los por cima da cabeça e com as pernas é a mesma coisa. (Acho que a mim aconteceria o mesmo ás pernas)
- Um círculo é um quadrado redondo. (Esta é absolutamente fantástica!)
- A terra gira 365 dias todos os anos, mas a cada 4 anos precisa de mais um dia e é sempre em Fevereiro. Não sei porquê. Talvez por estar muito frio. (Um génio!)
sexta-feira, março 27, 2009
Momento de reflexão
Os equipamentos municipais da cidade de Beja
Por estes dias, regressei ao Mercado Municipal de Beja e foi com nostalgia recordei a glória do passado, quando na minha meninice acompanhava o meu pai, percorrendo a azáfama dos corredores, onde a melhor fruta namorava o bom queijo e pão, bolinhos ainda quentes, os talhantes na época endinheirados, a zona do peixe fresco! Confesso que me chocou a degradação, o desprezo e a tristeza que encontrei naquele inóspito espaço, esquecido pelos poderes regionais, abandonado pelos munícipes! Desci e passei perto da Biblioteca Municipal que vítima do seu próprio sucesso, é hoje demasiado acanhada para a dinâmica que soube construir, apesar do recente desinvestimento. Olhei de fora a chamada Casa da Cultura, edifício construído com boas intenções mas com um resultado trágico: a sala de espectáculos sempre foi demasiado má, com péssima acústica e inadmissivelmente fria no Inverno, tornando-se um espaço inóspito, que expulsa os espectadores e os convida a ficarem em casa; do lado exterior do edifício, algo que nunca chegou a ser coisa nenhuma, um verdadeiro elefante branco que raramente chegou a ser utilizado, porque a sua finalidade sempre foi coisa nenhuma. Nos recantos da Casa da Cultura podemos encontrar algumas associações e iniciativas com um interessante desiderato, mas tristes ao serem fechadas em locais sem a menor dignidade, castrando algumas iniciativas que poderiam surgir.
Porque a Primavera chegou com calor, dou um pulo à piscina municipal; apesar de fechada, certifico-me que as autoridades estão ocupadas a multar veículos em qualquer outro local e dou um salto pelo pequeno portão e olho com tristeza que a piscina me recorda um velho relógio abandonado, perdido num tempo passado, sem que os seus responsáveis a tenham conseguido adaptar às necessidades do século XXI. Questiono-me como um espaço daquela dimensão, localizado numa das zonas mais nobres da cidade, seja roubado à cidade por longos dez meses, para que no Verão, quase sempre tarde e a horas tardias, permita alguns sorrisos aos munícipes mais petizes.
Regresso à rua e fico indeciso se viro para a esquerda ou para a direita; se vou regressar ao velhinho “gimnodesportivo” do qual carrego tantas memórias, de tantas e tantas manhas e tardes – quer no velho piso de tacos, quer nas traseiras do pavilhão -, a gritar por obras de remodelação, impotente de responder às necessidades dos clubes locais ou se vou mais longe até ao Estádio Flávio dos Santos, verdadeiras ruínas de um esplendor que se apagou no tempo, quando a insensibilidade de alguns fez com que o desporto que chamam rei se deslocalizasse para a zona da mata – foi com esta a decisão que se começou que se começou a escrever o fim do Desportivo de Beja -, vetando ao mais triste abandono o velhinho estádio, que temo, seja hoje, um doente terminal de recuperação impossível! Ligeiramente diferente do seu vizinho Parque de Campismo, que desde há muito reclama por uma decisão: ou se mantém no mesmo local e faz-se um investimento que lhe confira dignidade ou encerre-se o mesmo e pondere-se o que fazer com os seus terrenos!
No ano de todas as eleições, exige-se aos candidatos que tomem posição sobre os equipamentos municipais da cidade; porque a morte lenta destes equipamentos carrega consigo parte da nossa história colectiva, mais um pouco da cidade que desaparece.
Mas encontrar uma solução para estes locais, não deve nem pode fazer parte do jogo eleitoral: a cidade não é dos partidos mas dos munícipes e são estes e apenas estes que devem tomar uma decisão sobre os espaços que são de nós todos. Mais interessante que nos prometerem resolver os problemas destes espaços, mais pertinente que escreverem nos programas eleitorais soluções para revitalizar estes espaços – ou dentro destes, os que ainda se podem salvar – seria conseguir encontrar em diálogo com os bejenses construir um caminho para estes espaços, devolver-lhes a dignidade perdida.
Pessoalmente não tenho duvidas do que gostava; começar agora um verdadeiro debate público sobre estes espaços, construir alternativas e depois dar a palavra aos munícipes: um referendo no mesmo dia que as eleições autárquicas sobre o futuro destes espaços, seria um passo importante para devolver a cidade aos bejenses.
Post Scriptum: Declaração de Interesses: na semana passada fui apresentado como um dos Coordenadores dos Grupos de Trabalho da candidatura de Jorge Pulido Valente. Bem ou mal, agi de acordo com aquilo que me ditou a consciência. E é por imperativos de consciência que informo desse facto os meus leitores: apesar de continuar a ser independente e das minhas ideias e convicções apenas me responsabilizarem a mim, reconheço que posso gerar cepticismo a quem me lê. Porque não gosto de equívocos, os leitores ficam o conhecer este facto e farão o juízo que entenderem sobre as minhas crónicas no CorreioAlentejo!
quinta-feira, março 26, 2009
Quem quer ser bilionário...

Vi agora o filme. E confesso que me deu sono! Pode não ser mau: mas não achei bom!
Coisas que deviam fazer pensar...
A imparcialidade na Comunicação Social...

Por razões que são conhecidas, estou bastante interessado nas eleições autárquicas! Quem fizer um esforço de seriedade e honestidade irá reconhecer que vai ser uma disputa muito dura e complexa, de resultado imprevisível. Como imprevisível é neste momento procurar adivinhar se a campanha eleitoral vai ter elevação e um verdadeiro confronto de ideias ou vai descambar numa arena de insultos e acusações, procurando instituir um clima de medo!
Ainda mais importante que a democracia formal, é a verdadeira democracia que apenas existe quando o eleitor pode formar a sua decisão de forma ponderada e informada; para tal, é crucial o papel da comunicação social.
Em Beja temos, grosso modo, quatro meios de comunicação social, duas rádios e dois jornais, que têm por missão e obrigação o acto de informar.
Aos meios de comunicação social, sejam públicos ou privados, exige-se seriedade e um esforço de independência: obviamente que as rádios e os jornais são formados por homens e mulheres, cidadãos como os outros, com filosofias e ideologias próprias, tão defensáveis como as contrárias às suas! Mas quando seguram a pena para mergulharem no papel ou usam o microfone para falar com os ouvintes, exige-se que deixem de ser cidadãos e actuem como jornalista, uma das mais nobres profissões.
A procura da independência, sendo uma missão de todos é desde logo a missão dos “Directores de Informação”; apenas com o seu exemplo podem exigir que os seus subordinados cumpram com respeito a sua nobre missão. No lançamento da pré-campanha, existem claros indícios de que alguma comunicação social se deixou enlear na teia política, escolhendo a sua agenda informativa por imperativos que não são o interesse público das iniciativas ou dos factos. Temo que não tenha sido uma excepção. Mas quero acreditar que os homens e as mulheres que vivem na imprensa irão cumprir a sua missão, fazendo um esforço para serem sérios e independentes. O tempo dirá se o meu desejo não é ingenuidade infantil!
quarta-feira, março 25, 2009
Post armado em intelectual de esquerda...
A água ou a falta dela...
Coisas talvez sem interesse...
100 razões para amar Beja - 47
Acho que todos concordam que esta entrada envergonha a cidade! E recorde-se que esta é a entrada principal para quem se dirige para o comboio! Desde logo toda aquela zona está profundamente degradada, repleta de edificios entregues ao semi-abandono, que se mesclam com um enorme mamarracho, filho de um incêndio com um tempo que passou por lá e se esqueceu de derrubar ou requalificar aquele edifício. Como esquecido ficou o velhinho lavadouro público, de tempos ancestrais, que marca a memória de um tempo, perante a crueldade dos homens deste tempo que o deixam a morrer no esquecimento!
Podia continuar este texto. E meditar sobre as razões pelas quais a rua citada está vedada aos bejenses, que temem circular na mesma, temendo a impunidade que habita algumas daquelas casas..
terça-feira, março 24, 2009
Pensamentos quase inteligentes
Acho que todos os homens sentem profunda inveja de não puderem usar um pensinho diário. Cobiçamos o prazer das mulheres em terem os tais dias especiais e ficamos apaixonados a contemplar os tampões: as caixas coloridas, esse estranho universo do fluxo lento, médio, grande, pequeno, primeiros e últimos dias, essa sensação que parece óptima de enfiar um pequeno amigo e poder correr, passear, andar a cavalo e tomar banhos de mar.
Agora que tanto se fala na lei da paridade, já era tempo dos tipos do marketing criarem tampões e pensos a pensar nos gajos! A malta ia usar feliz e sem se queixar dos dias dificeis...
CorreioAlentejo - Ano Três
Neste sentido, as páginas dois e três passarão a ser ocupadas pela nova secção “Radar Sul”, que procurará conjugar a edição on-line com a edição de papel, passando a contar com o espaço de opinião editorial, assinado pelo director. Aliás, a secção de opinião vai deixar de existir, passando as diferentes colunas a ser publicadas “ao longo” do jornal.
A par desta mudança, o espaço que até agora se chamou “Crónica da Cidade” vai mudar de nome e passa a designar-se “Linha Frontal”.
Ainda no contexto deste novo alinhamento, vai ressurgir a secção “Beja Cidade” que, além de dar atenção especial a tudo o que ocorre na capital do Baixo Alentejo, passará a contar com uma coluna regular de informação policial. Também na secção “Dinheiro & Negócios” passará a surgir uma área de serviço público com a edição de um barómetro com preços de combustíveis e uma “bolsa de emprego”.
A par disto, grande parte das novidades surgirão na nova secção “Tempo Livre”, que irá reforçar bastante a informação sobre espectáculos, actividades lúdicas e prazeres em todo o Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, além de passar a contar com a coluna de opinião “Sul Suave” e manter o espaço “Correio Taurino”, assinado por Vítor Besugo.
Sublinhe-se, ainda, que a divulgação da programação televisiva, rádios e farmácias de serviço passará a surgir junto às centrais do jornal, numa nova secção que se designará “Serviço Público”.
Com estas mudanças acreditamos que o “Correio Alentejo” terá uma leitura mais dinâmica e conseguirá reforçar bastante os seus conteúdos, continuando a ter o mesmo espírito que até agora habituou os seus leitores: um jornal que procura e apresenta notícias, olhando para a região com olhos de ver e sem excluir quaisquer das suas diferentes realidades, sejam económicas, políticas ou culturais.
E que, a par disso, saberá sempre distinguir entre opinião e notícia, como muito bem define o seu Estatuto Editorial. "
Mesas Redondas de Turismo
Sobre o resto: é sempre bom ver o auditório bem composto de público - e aquele auditório por ser tão grande chega a ser assassino - e adorei ver a forma como estava o palco - sim, eu sou GAJO, mesmo GAJO, mas gosto de ver uma sala bem decorada e, in casu, estava muito bem! (se me mandarem foto, partilho com os leitores). Aliás, penso que em próximas conferências no IPB poderia adoptar-se esta decoração.
Parabéns a todos os organizadores e.. até para a semana!
100 razões para amar Beja - 46
Mas não acho que as cidades devam ser como os mais enigmáticos habitantes; gosto das cidades que têm luz e que não se apagam na noite.
Percorrendo o abandonado centro da cidade vê-se a escuridão nas suas ruas! Até pode ter o efeito de esconder o muito lixo que envergonha as nossas calçadas, mas o centro da cidade está tenebroso e demasiado escuro, afastando ainda mais os transeuntes noctívagos que no breu das ruas mais iluminadas apenas encontro escuro para ver!
Agarre-se o exemplo das ruas que circunda a biblioteca, aquelas que descem das Portas de Mértola - encerrada depois das 19horas - e medite-se na parca luz que vomitam aqueles candeeiros, deixando as ruas desprevenidas do conforto da iluminação que afasta os maus pensamentos. Admito o pensamento adverso: reconheço que na escuridão alguns possam ver recantos românticos para extravasar paixões desbarbadas, mas, porque perguntar não deveria ofender: com aquelas horríveis lâmpadas amarelas, há romantismo que resista a um rosto amarelo com cara de doença ruim?
segunda-feira, março 23, 2009
Porque neste blogue se aplaudem as coisas positivas...
PS - Pela publicidade gratuita, tenho direito a quantas pizzas?
Maio - o mês da cirrose!
Confessem: não era lindo que todos os anos houvessem eleições?!!
Das coisas bonitas que se fazem em Beja...
100 razões para amar Beja - 45
Mas não vos quero falar de carros, mas de mau estacionamento. E nem sequer vou aludir ao facto de na zona histórica da cidade de Beja - como em muitas outras - conseguir estacionar o carro ter um grau de dificuldade similar a ganhar o totobola ou ao facto de se continuar a permitir a construção de prédios na cidade sem cuidar de garantir o estacionamento (não havia legislação a obrigar?).
O que hoje trago aos leitores é a indignação pelo esbulho de estacionamento público pelos vendedores de automóveis, perante a completa complacência de quem tinha o dever de agir. Há uns anos, a Rua Sousa Porto era um longo stand de vendas de usados, que ocupava a maioria dos lugares de estacionamento disponiveis! E agora na zona comercial junto ao Modelo - eu sei que aquela treta agora se chama Continente - assistimos a um inadmissível cenário de ocupação privada do espaço público, gerando uma concorrência desleal absolutamente intolerável! Aliás: a lata chegou ao ponto de os comerciantes quando vão fazer um test drive deixarem um triangulo no chão a guardar o lugar de estacionamento.
domingo, março 22, 2009
Peço desculpa aos leitores...
Coisas que quase só me acontecem a mim...
Mulher Ideal, pelo Jodicus
Valeu a pena: uma hora descontraída onde até os mais trombudos deixaram sair alguns sorrisos e uma ou outra gargalhada. Apreciei bastante a sensualidade da voz of e os actores tiveram bem num texto e num registo difícil.
O texto foi melhorando com o passar dos minutos, num interessante crescendo; uma sátira às misérias da vida moderna, num tom bem humorado mas susceptível de obrigar a pensar!
Uma nota final para o melhor da noite: quando cheguei a sala estava esgotada pelo que não pude comprar bilhete; aconselhar-me a esperar e apenas consegui ver a peça porque algumas pessoas que tinham reservado não foram ou chegaram atrasadas. É bonito uma sala cheia, não é?
sábado, março 21, 2009
Hóquei em Beja...

Falo nisto, porque no fim um dos atletas estava perdido em lágrimas com a derrota. Sei que não devia dizer isto, mas adoro putos assim; aqueles reguilas que gritam com os colegas, chamam nomes aos outros e no fim choram se perdem. Pode ser mau perder: mas também é a tenacidade de quem luta para melhorar sempre e persegue com força os seus objectivos!
Dizem por aí...
sexta-feira, março 20, 2009
O Papa Bento XVI
Mas na visita a Angola Bento XVI teve quiçá o seu melhor momento: numa época em que todos os poderes cegam perante o império do dinheiro e as riquezas angolanas calam tudo e todos, aplaude-se o Papa pela coragem de falar em Direitos Humanos e em corrupção!
É nestes momentos que mesmo os agnósticos reconhecem que a igreja é importante!
Declaração de Interesses!
Sou absolutamente independente e muito longe de ser socialista: mas aceitei o convite do candidato porque acredito que Beja pode ser muito mais do que é hoje! Deixei claro que o meu compromisso é com o candidato e não com o partido, sendo a minha disponibilidade total para debater ideias e construir uma alternativa programática. A mais não me sinto obrigado. O meu futuro será o mesmo que o meu presente: dar aulas, aquilo que amo e tento fazer cada dia melhor. E enquanto me sentir bem, enquanto o meu trabalho for respeitado, vou continuar no IPBeja. Se um dia me sentir a mais, saberei o que devo fazer!
Aceitei porque tenho o vício de dar a cara por aquilo que acredito: e apenas o sei fazer de forma frontal e assumida, sem subterfúgios, pelo que, deixo claro para os meus leitores que sou apoiante de uma candidatura (não parte da candidatura, mas alguém que contribui com ideias!).Era mais cómodo ficar na sombra; sei bem que nada tenho a ganhar, apenas a perder!
Infelizmente termino como uma nota final: com maior ênfase nos próximos dias, mas recorrentemente nos próximos meses vou ser objecto de um conjunto de ataques e insinuações na caixa de comentários deste blogue. É a forma de alguns estarem na vida e na política. São riscos que conheço, mas que aceitei correr, mantendo-me igual ao que sempre fui: debater ideias e projectos nunca pessoas, com respeito pela diferença. As minhas ideias e convicções não são melhores do que as de ninguém: são apenas as minhas. A esses ataques vou responder da forma que sempre fiz: com a minha total indiferença. Porque na vida,não me chateia quem quer, mas quem eu deixo - e são muitos poucos os que têm esse privilégio-.
quinta-feira, março 19, 2009
Eleições no IPBeja... (com Adenda)
Não invejo a tarefa do novo Presidente. Chega à Presidência numa época muito complicada para o Ensino Superior, uma espécie de revolução silenciosa cujos resultados se temem e desconhecem! A nova legislação e as consequentes alterações aos estatutos, ainda o rescaldo de Bolonha, a questão demográfica o facto de o Ensino Superior ter um Ministro que não gosta do ensino em geral e dos Politécnicos em particular e a desorçamentação das Instituições, são complexas missões para a nova Presidência.
Deixei escrito no passado que tinha gostado de ver outro candidato. E mantenho a mesma opinião. Mas as eleições terminam hoje, pelo que, a partir de amanhã Vito Carioca vai ser o meu Presidente. Desejo-lhe sorte: o seu sucesso é o sucesso de nós todos. E agora como no passado, será total a minha disponibilidade para ajudar! Boa sorte, Presidente!
Adenda: afinal enganei-me! O resultado não foi 20-0, mas 19-1!
Candidaturas Independentes

Mais do que uma vez fui abordado para discutir o tema e ser parte de uma proposta alternativa ao jogo dos partidos. E, tanto quanto sei, nas próximas semanas é provável que surja uma candidatura que emerge da sociedade civil.
Não me vou pronunciar sobre a candidatura em concreto, até porque a mesma ainda não é oficial. E porque não tenho por hábito discutir nomes, mas projectos e propostas concretas.
Se trago o tema à colação é apenas porque acho importante discutir o princípio: a bondade ou não das candidaturas independentes!
O tema é mais complexo do que parece à primeira vista: as candidaturas independentes, especialmente apetecíveis num momento histórico em que a credibilidade dos partidos roça o nível zero, podem suscitar problemas complexos, nomeadamente ao nível do financiamento destas campanhas. Com o perdão de quem me escuta, assumo o cinismo de não acreditar que os financiamentos sejam totalmente desinteressados, especialmente num país e numa cidade que se deleita com o pequeno favor e a grande cunha!
Mas apesar de conhecer os riscos, sou obviamente favorável às candidaturas independentes: vivemos numa ditadura dos partidos, que sufocam a sociedade civil. E contrariamente ao que nos têm pretendido dizer, pode haver democracia com menos peso dos partidos. Ou pelo menos com os Partidos que temos hoje, na promíscua era dos políticos profissionais, completamente afastados do país real, das verdadeiras actividades das pessoas concretas, dos seus anseios e desejos, com longos anos em que apenas viveram da e para a politica, sem emprego ou carreira!
Mas gostar de candidaturas independentes com a mesma veemência que não gosto de partidos, não significa que em Beja haja condições para uma candidatura independente. Seja subscrita por quem for. Fui claro a sustentá-lo há uns anos, desmarcando-me de um movimento – facto que provocou amuos e incompreensões – e mantenho hoje a mesma convicção! Por mais arrogante e insensível que a frase seja, só será possível em Beja uma candidatura verdadeiramente independente daqui a alguns anos, quando melhorar muito o nível de instrução e cidadania do concelho. E se a candidatura for o produto de um trabalho sério e prolongado e não apenas o resultado de ambições de propaganda pessoal!
Avançar neste momento apenas pode significar uma de duas coisas: ou ser o espantalho de outros que usam uma candidatura de terceiros para fazer a campanha suja que tem medo de assumir ou é apenas uma manifestação de “aventurismo” pouco reflectido!
quarta-feira, março 18, 2009
Quase que valia a pena pensar nisto...
Falo-lhes desta miúda (presumo que tenha vinte e muito e poucos) devido a isto: em breve resumo, ela e o namorado (se não é namorado, as minhas desculpas ao namorado!) vão fazer de bicicleta 12.500 km na Europa e depois querem ir para a Ásia! (pausa para respirar e fumar um cigarro, que fiquei cansado de pensar em tanto quilómetro!).
Os mais cínicos dos meus leitores, podem entender que esta estranha aventura é uma maluquice e quiça mesmo uma irresponsabilidade. Talvez seja. Mas... se não formos irresponsáveis aos vinte anos, livres de vínculos e responsabilidades, vamos ser quando? Aos cinquenta, deixando mulher e filhos para perseguir rolas de vinte aninhos?
Aplaudo estes jovens! Num momento em que a sociedade vive obcecada por prazeres estéreis e frivolos, onde a maioria de nós apenas se preocupa com a comodidade de um lar, comprar um carro amaricado para impressionar vizinhos e colegas, comprar as roupinhas da moda, beber copos e comer gajas, é refrescante ver que ainda há pessoas que se movem por valores diferentes e divergentes formas de estar na vida, que valorizam mais as conquistas interiores do que as formas exteriores de uma sociedade consumista!
Admiro a coragem deste casal, para se montar numa bicicleta e correr o mundo, conhecer pessoas, linguas, culturas, enriquecerem-se como seres humanos, certo que, quando terminarem esta longa viagem, vão ser pessoas mais completas, mais sábias, mais realizadas. Mesmo sem terem um telemóvel topo de gama!
100 razões para amar Beja - 44
A forma como a rotunda foi plantada, diz muito do que tem sido uma determinada visão da cidade nos recentes anos, subalternizando-se a mesma e retirando-lhe dignidade! Uma cidade que não convida os visitantes a entrar, que os expulsa para os arredores, que lhes veda o acesso ao centro histórico e às zonas mais nobres do burgo!
Uma cidade que aspira a ser capital, que se pretende o pólo e atracção de toda uma região, tem que ser convidativa para os seus visitantes; porque gostemos ou não, a primeira impressão é sempre a inicial. E por vezes marca-nos para sempre...
Alunos Erasmus...
Mas ainda mais perfeito, foi assistir ao modo carinhoso como os alunos de turismo decidiram receber os estudantes estrangeiros do programa Erasmus! A maior parte da cidade desconhece, mas o IPBeja receba cerca de cinquenta estudantes estrangeiros todos os anos - falo do programa Erasmus, porque a estes devemos juntar um número semelhante dos Palop`s - que, em regra, pouco comunicam com a cidade e com os alunos nacionais. Fazer um jantar em sua homenagem, foi uma ideia muito bonita que saúdo e aplaudo. É por estes e por muitas outras que tenho orgulho em voçês. E sim: os alunos que estudam em Beja, fazem muito mais que beber copos e praxes tontas. E não perceber isso não é apenas cegueira: é burrice!
terça-feira, março 17, 2009
Quer participar no futuro da sua cidade?
Coisas que quase só me acontecem a mim...
Depois do massacre, hora da banhoca e voltar a vestir a roupita que o dia vai ser longo, com direito a entrevistar a chefe! Eis senão quando - acho realmente bonita esta expressão - mas, dizia, eis senão quando - quando um gajo gosta, deve repetir - já o banho estava terminado e no balneário masculino me começava a vestir, uma moçoila - também gosto desta locução - entre desesperada na casa de banho. Ela pediu desculpa e envergonhada disse que se tinha enganado, mas cá o "h" ficou desconfiado que ela tinha ido ver pitos!
Resumindo para concluir: estava aqui o rapaz a vestir no pós piscina, quando uma senhora menina entra no wc dos homens nús! E claro que pensei o que qualquer homem pensa numa circunstancia idêntica: vou ter mesmo de começar a usar boxers lavadas!
Página 161
"Pego no livro de leitura, vou à página 161, e transcrevo no blogue a 5ª frase completa. Depois seguem-se mais cinco companheiros para - caso queiram - darem continuidade." Então aqui vamos:
"as gémeas tiraram a pouca roupa que mal disfarçada o esplendoroso corpo e correram em direcção ao meu" in O Mosteiros das Badalhocas, parte IV, o Regresso da Madre Superior, por Carolina Pinto da Costa.
100 razões para amar Beja - 43
Tenho este corpinho de subnutrido, mas adoro comer. Sou daqueles que pondera as férias pensando nos restaurantes, que escolhe os hotéis sonhando com as ementas, que escolhe o centro comercial tendo por critério o que lhe apetece comer, que fecha os olhos e recorda as férias onde almoçava duas vezes e jantava outras duas.
Conseguir comer bem na cidade de Beja é uma missão tremendamente complexa: temos duas ou três boas tascas, e consegue-se comer bem em mais dois ou três sítios, nomeadamente com o regresso da ilha do peixe . que agora também tem carne - e no frango à guia que está a deixar-se de pito grelhado e outras carnes, para começar a oferecer uma ementa com comida tradicional alentejana e outras, - recordando-nos a antiga Esquina - e o restaurante do Luiz da Rocha, o mais coerente dos restaurantes do burgo. (desculpem o preconceito, mas nunca consegui achar piada ao Pulo do Lobo - que sempre me pareceu uma fogueira de vaidades- e o Espelho de Agua, não me enche as medidas!)
Mas, são apenas algumas excepções: a Esquina fechou, os Infantes não resistiram, o restaurante da Pousada sempre foi estranho à cidade e vários outros bons projectos gastronómicos morreram ou estão moribundos: se existem dúvidas, compare-se a decepcionante situação de Beja com a exuberância de Serpa.
segunda-feira, março 16, 2009
Eleições Autárquicas de Beja...
Aqui o blogue está a ficar importante...
PS - A conferência de imprensa será esta tarde, pelas 18h na Rua João Capitão Francisco de Sousa!
José Luis Ramalho no Conselho de Opinião..

E o leitor: tem questões que gostasse de ver colocadas?
Roubando textos a outros, in casu, a Sandra Serra no CorreioAlentejo
Enquanto em França há 20 anos que se vendem mais bilhetes para o teatro do que para o futebol, em Portugal permanecemos na luta contra a fraca tecitura cultural. E no entanto, a administração central continua a tentar encontrar linhas de orientação das políticas culturais; os teatros municipais, salvo belíssimas e raras excepções, estão subjugados ao caminho populista da casa cheia; os cineteatros exibem os filmes nomeados para os Óscares, uma ou outra exposição e uma programação ocasional sem qualquer estratégia; a maioria dos “programadores culturais” (figura recente), limita-se a escolher uns espectáculos frente ao computador, à procura do artista do momento, coleccionando tesourinhos deprimentes e esperando agradar a quem lhes paga (a caricatura, embora a subscreva, não é minha é de Jorge Barreto Xavier, Director Geral das Artes); os criadores, salvo belíssimas e raras excepções, estão enfornados no seu forno que é o “objecto artístico” esperando que alguém apareça para ver o “objecto” já cozinhado.
E é nesta parafernália de estados de espírito que falamos em formação de públicos e formação pela cultura, mas continuamos a preferir comprar um bilhete para um qualquer jogo de futebol da divisão regional do que um “bilhete para mudar a vida”, nas palavras de Gonçalo M. Tavares.
As autarquias, enquanto promotores da oferta, podem ser o grande propulsor da mudança deste cenário, uma vez que são elas, em comparação com a Administração Central, que mais investem, em termos de orçamento, na cultura (o acréscimo no bolo destinado à cultura nas autarquias aumentou, entre 1987 e 2003, qualquer coisa como 613 por cento, enquanto a despesa da tutela com a cultura tem vindo a decrescer, até a uns míseros 0,4 por cento). E desengane-se quem pense que o Alentejo é a região que menos gasta em cultura, pelo contrário, é das que apresenta um maior peso da despesa com cultura.
No entanto, a qualificação pela cultura não pode ser dissociável da qualificação da cultura. E é aqui que o trabalho das autarquias, donas de cineteatros ou teatros municipais, falha. A obra está construída, toda a santa terra tem o seu espaço cultural, é tempo de apostar nos conteúdos. Uma aposta que seja orientada estrategicamente na definição de uma política cultural local que, preferencialmente, se una em redes (que funcionem) regionais e nacionais, liderada por profissionais exigentes que não reduzam as suas escolhas ao mainstream e ao consumo duvidoso. Cultura e entretenimento não são a mesma coisa. Programação cultural regular, conteúdos exigentes, formação dos profissionais, ligação directa à comunidade em geral, e às escolas, em particular, numa busca constante de audiências, pode fazer com que os teatros deixem de ser templos onde as pessoas têm medo de entrar.
Acredito que a constelação de futuro na batalha pela formação de públicos e qualificação pela cultura se faz de teatros, autarquias, escolas, “fazedores” de cultura e de todos nós, como sujeitos culturais activos. Qual estrela de cinco pontas, simbolizando o Homem integral.
Pena a fraca, fraquinha, participação de autarcas e outros agentes culturais do distrito na discussão destes assuntos. Pena que sejamos dos que mais gastam em cultura, mas pouco invistamos nela.
TeleAssistência..
100 razões para amar Beja - 42
Dizem-me que foi aplicado um estudo feito por uns engenheiros lisboetas; eu não quero ser maldizente, mas, acham mesmo que se em Lisboa percebessem de trânsito era aquele caos?!
Na cidade de Beja o trânsito tem um pecado original: está desenhado para expulsar as pessoas da cidade, em vez de as convidar a entrar! O que se compreende bem, quando pensamos nas diversas entradas da cidade, que nos afastam do centro e nos obrigam a andar em círculos intermináveis. Mais. Tentar dar indicações de trânsito a alguém nesta cidade é uma missão quase impossível: não raramente, é mais fácil levar as pessoas ao local desejado.
Há ainda um problema que urge resolver: a cidade precisa e anseia por uma circular exterior que una a parte norte à parte sul, a continuação da velhinha "variante", de forma a oferecer à cidade uma estrada que circunde Beja. E uma ligação decente ao disparate que foi a colina do carmo e ao quase concluído bairro Álvaro Cunhal...