quinta-feira, junho 30, 2011

Mais vale um verão na mão que dois invernos a voar!

Dizem por aí que começou o verão! Admito que seja verdade, mas com tantos testes fracos para corrigir perco a noção do tempo que o tempo faz! Mas se me dizem que é verão sou dos que acredito e fico feliz: não pelo verão em si mesmo, mas porque é imprescindível o pais estar de praia para que o novo governo imponha as medidas que os tempos exigem!
Porque quando está calor os portugueses são como gatos no cio apaixonados por praia e tudo pode desmoronar-se à sua volta que eles estão absortos entre as ondas salgadas, as bolas de Berlim as areias quentes e os biquínis curtos! Pelo que é no verão que se aumentam impostos e cortam regalias, se privatiza a mãe ou a tia se anunciam as reformas que as corporações vão matar no inverno, pelo deleite de mudar deste que tudo fica na mesma!
O delicioso de ser verão é que se pode cortar no subsidio de desemprego e aumentar os medicamentos, anunciar que os subsidiados vao trabalhar de borla, - para depois burocraticamente nada acontecer - , que os portugueses nem se vão perceber! Porque a ignorância é a maior das fortunas e porque somos um povo especialista no desenrascanço dos que contornam as leis e algo se vai arranjar, alguma tia velha vai convencer um médico amigo a passar uma receita em nome de alguém que não pague ou outro alguém vai dar um qualquer jeitinho! E porque é verão, vamos comer sardinhas, porque depois, lá para  setembro há todo um anos para nos chatearmos! Com tudo e com coisa nenhuma!
Mas admito que o erro seja meu e esta mania de pensar seja coisa de gente parva: porque a vida esgota-se num sopro, porque a felicidade é a soma daqueles poucos momentos em conseguimos sorrir, pequenos quase nadas que tantas vezes são tudo, momentos partilhados, sorrisos em grupo, conversas deitadas fora na quietude quente de um abraço! Porque a vida, tal como verão é eterna e dura muito pouco, para nos perdermos em sofrimentos infelizes e nessa abjecta coisa que são as cogitações! 

2 comentários:

  1. Anónimo00:29

    "Mas admito que o erro seja meu e esta mania de pensar seja coisa de gente parva: porque a vida esgota-se num sopro, porque a felicidade é a soma daqueles poucos momentos em conseguimos sorrir, pequenos quase nadas que tantas vezes são tudo, momentos partilhados, sorrisos em grupo, conversas deitadas fora na quietude quente de um abraço! Porque a vida, tal como verão é eterna e dura muito pouco, para nos perdermos em sofrimentos infelizes e nessa abjecta coisa que são as cogitações"
    Ficamos com o cabelinho todo branco e não se resolve nada !

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  2. Pedro Margarido00:36

    Não concordo quanto ao trabalho de "borla" dos subsidiados, dado que os mesmos auferem um "vencimento" sem nada fazerem. Claro que os haverá que buscam activamente emprego e que realmente necessitam da dita quantia subsidiada para a sua sobrevivência, mas também todos conhecemos quem os receba, faça os seus biscates e depois ainda goze com quem "anda de olhos fechados".
    Essa medida em concreto, serve antes de mais para uma auto-fiscalização, pois quem tiver melhores opções não quererá andar nos trabalhos sociais que lhe forem destinados.. e então acabará por se aplicar em encontrar uma solução de trabalho onde se sinta mais realizado.
    Anteontem fui aos correios.Parecia um matadouro-salsicharia. Na sala de abate assistia-se ao sangramento dos cofres do estado por meio de vales postais afiados, sem que se verificassem as entidades dos portadores... na secção de cura registava-se um nauseabundo odor a fumo, mesclado com nuances de pouca higiene !
    E andamos nós a pagar impostos para isto...
    ah.. e esperei 40 minutos.

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