segunda-feira, julho 06, 2009

100 razões para amar Beja - 88

Irmão de alguém com um tremendo talento, a minha primeira aula foi encarada com um misto de optimismo e expectativa! Durante quase cinco minutos: à resposta que instrumento gostaria de aprender a tocar, respondi gaita de foles e, bastaram segundos, para ser publico e conhecido a minha total ausência de um qualquer talento!
Ainda andei por lá umas semanas! E sei que foi um dia feliz para todos, quando finalmente deixei de ir àquelas aulas! Na época eram na Casa da Cultura, o embrião do Conservatório Regional do Baixo Alentejo!
É um privilégio para uma cidade de pequena dimensão ter um Conservatório de Dança e Música (também tem teatro?!) onde centenas de jovens podem estudar duas das mais nobres das artes. Podemos sempre questionar-nos se nas dezenas de anos que tem o Conservatório (devemos juntar aos anos do Conservatório propriamente dito os da Escola de Musica) a cidade tem sentido a pertinência deste equipamento cultural!, e provavelmente não iríamos ficar satisfeitos com a resposta! Mas acho que estes projectos geram filhos a muitos anos: e estamos a criar hábitos de cultura erudita em centenas e centenas de jovens, cujos frutos iremos colher com o devir dos anos. Porque trabalhar cultura é isto mesmo!!
Ponderei não destacar o Conservatório e dedicar o post à Professora Ernestina Pinheiro e ao seu marido Dr. Pinheiro: mas... não será a mesma coisa? Uma não está intimamente ligada à outra?!

32 comentários:

  1. Bem lembrado!

    Uma cidade como Beja sem um Conservatório seria muito mais pobre, sem dúvida. É de cultura que estamos a falar :)

    Já agora, qual foi o instrumento que "tentaste" aprender a tocar?

    ResponderEliminar
  2. Anónimo11:20

    Pois, tempos idos já da minha infância..

    Os primórdios da minha aprendizagem musical, os primeiros passinhos que foram titubeantes e que me demonstraram a pouca aptidão para a área, foram passadas na Casa da Cultura.

    Recordo carinhosamente a Professora Ernestina Pinheiro (sempre lhe chamei Dona, n sei lá muito bem porque..) nomeadamente num aspecto, a minha pouca habilidade em conseguir realizar as chamadas claves de sol, que sempre a exasperava. De facto, se houvesse mais pessoas daquele calibre e craveira intelectual, dedicados ao ensino, o nível cultural dos nossos jovens seria exponencialmente superior!

    ResponderEliminar
  3. Anónimo11:48

    Olha que engraçado esta é a tal instituição que o JPV queria que fosse apenas municipal e que deveria ser apenas paga pelo municipio de Beja o mesmo seria castrar por completo aquilo que é o designio regional do conservatório com perdas irremediáveis de escala e de impacte estrutural.

    ResponderEliminar
  4. @ultimo anónimo - Acha mesmo que ao escrever o texto não sabia que alguém viria a correr dizer isso?!
    E já viu, que mesmo assim escrevi!? E que, podendo fazê-lo, não quis politizar o post?!
    Estilos e formas de estar na vida...

    ResponderEliminar
  5. Anónimo12:41

    Eu não quis politizar o texto quiz só lembrar posições antigas de quem agora quer Beja Capital.
    Quero acreditar que o h não seria certamente defensor de uma tese deste calibre... acho eu!
    É impresão minha ou sinto-o a arrefecer com a candidatura?
    Eu sei que a sua vida não é feita de politica, muito longe disso, mas será que já se começa a fartar dos pauzinhos na engrenagem, dos amuos, das malidencencias internas, dos ciumes e da luta por protagonismos estéreis?
    Ainda agora a procisão vai no adro e assim não há slogam que FIXE gente á candidatura, quanto mais os jovens.

    ResponderEliminar
  6. @anónimo - O meu apoio a JPV é total e inequívoco! Desde o início, quando todos achavam que ganhar era quase impossível!
    Sobre os jovens, a próxima sessão é dedicada a eles! E todos os dados que tenho levam a acreditar que os jovens não politizados estão com o projecto de mudança!

    ResponderEliminar
  7. Anónimo14:37

    "os jovens não politizados estão com o projecto de mudança" isto é para rir não é? ou está mesmo convencido disso? É que assim vai depois custar-lhe muito mais a sarar este desgosto, olhe que eu sei do que falo.
    Reparei também que ignorou a minha provocação sobre o slogan(diga-se bastante requentado do tempo do Soares) que vão usar para a juventude, ou será que não era ainda para divulgar...
    Ops desbucado eu...

    ResponderEliminar
  8. Não faço ideia do Slogan! É o tipo de coisa que me ultrapassa!
    O trabalho que fui convidado para fazer foi de índole diferente e, confesso, que me orgulho do mesmo!
    Sobre o que disse sobre os jovens é a clara convicção que tenho: e a mesma resulta das reacções que tenho tido! O que até me tem surpreendido: não pensei que tantos jovens entre os 18 e 25 estivessem despertos para a politica local e acompanhassem com tanto interesse a mesma!

    ResponderEliminar
  9. ZIg - Não foi fácil escolher uns instrumento que na época não existisse cá e para o qual não houvesse professor!

    ResponderEliminar
  10. Anónimo00:03

    Meu Kerido H
    Sem politizar mas com preocupação, vejo esta Instituição no pós-Outubro , SE, o JPV ganhar.
    O Conservatório fecha.
    Ou proporá que a CMB se aproprie do Conservatório.
    Eu cá para mim acho que o meu Presidente quer o Conservatório na Vidigueira.
    Já foi essa a posição dele sobre o Museu, quando um responsável da CMOdemira, achou mais importante o investimento num stand na Ovibeja que os investimentos no Museu Regional.
    Um abraço

    ResponderEliminar
  11. Meu Kerido,
    posso garantir-lhe que não. Repito: garantir. E mais. Com a vitória de JPV, o Pax-JUlia irá transformar-se numa casa de referência, trabalhando com todos os agentes culturais.
    E procurar escolhas com critério que não seja partidário...

    ResponderEliminar
  12. Anónimo00:18

    Meu Kerido H
    Admiro o seu optimismo.
    Será assim concerteza, mas o seu candidato tem de dar um grande golpe de cintura, e inverter o discurso que produziu num passado recente.
    Um abraço

    ResponderEliminar
  13. JPV defendeu o fim do Conservatório? Ou uma visão diferente?

    ResponderEliminar
  14. Bem, ainda não entendo qual é o instrumento - mas se não queres dizer não faz mal nenhum :)

    Agora (e aqui estou eu outra vez...), o Pax Julia já trabalha com todas as entidades culturais da região, nunca ninguém foi banido de actuar, cantar, dançar, falar ou fazer fosse o que fosse nessa sala. Só não lá vai quem não quer, isso te posso garantir por escrito!

    ResponderEliminar
  15. zig - temos visões mto diferentes sobre o Pax. E também sabes que há mais a pensar como eu...

    ResponderEliminar
  16. Estamos a falar do Pax Julia - Teatro Municipal e não da política cultural da cidade de Beja. E, muitos que falam sobre esse teatro não sabem do que falam porque não o conhecem, ouvem falar mal e como convém, acham que tudo está mal, entendes?

    ResponderEliminar
  17. ZIG - falei do PAx...

    ResponderEliminar
  18. Então, desculpa que te diga com toda a frontalidade: estás muito mal informado sobre o funcionamento desse teatro!

    ResponderEliminar
  19. Anónimo00:56

    o post era sobre o Conservatório mas como JPV tem o dito entalado sobre o que defendeu no passado recente o h chuta os comentários para o pax julia.
    Comprenditi...
    Mas o homem vai ter que explicar essa visão diferente que era mais ou menos isto "o conservatorio estava em Beja então a CMB pagava", o mesmo com o museu eu quero como municipe saber se ele vai continuar a defender esse principio e o que é que vai deixar de fazer para garantir estes pagamentos em exclusivo, e onde é que com posições destas fica capitalidade.
    Não vale pena o sr. h inventar leituras diferentes as posições passadas do JPV estão bem presentes e documentadas perguntem no Museu ou no Conservatório

    ResponderEliminar
  20. @Zig - Um de nós estará...

    ResponderEliminar
  21. o Post era uma homenagem a pessoas da cultura!
    E o que defendo há mto é uma nova visão para a cultura. E... peço desculpa por pensar pela minha cabeça. Sei que isso faz confusão, a quem foi formatado a algo diferente!

    ResponderEliminar
  22. Certamente!

    Porém, eu vejo a "coisa" sob o prisma da cultura, e tu com visão partidária. Se calhar está ali o nosso diferendo.

    Mas este post era sobre cultura, peeenso eu de que...:)

    ResponderEliminar
  23. Anónimo01:52

    ZIG:
    "visão partidaria" onde vê isso?

    ResponderEliminar
  24. ZIG - Não. Não vejo a coisa numa visão partidária. Nem confundo divergências, com amizade pessoal por determinadas pessoas!

    ResponderEliminar
  25. Vidigueira: falou no Museu?!

    ResponderEliminar
  26. @zig - no devido tempo, vou apresentar um conjunto de propostas para o Pax. E nesse momento irás compreender melhor as minhas divergÊncias!
    Cumprimentos!

    ResponderEliminar
  27. Ok amigo, estarei atento :)

    Mas não te esqueças que o Pax não é uma unidade a "só", existe um departamento sócio-cultural, esse sim tem que ser visto como uma entidade só que engloba um grande leque de actividades nesse âmbito.

    ResponderEliminar
  28. Entendo que na actual conjuntura o Pax tem condições para ser a grande casa do sul!
    Sobre o Departamento.. a coisa é mto complexa..

    ResponderEliminar
  29. Certo e correcto, mas em cidades como Beja estas estructuras têm que ser vistas como um todo, não se pode excluir o Pax, fazer uma política cultural completamente à parte. Nos últimos tempos o teatro tem sido financiado exclusivamente pela autarquia, só no início da reabertura teve a ajuda do MC e agora com o início da próxima temporada candidatou-se a uma ajuda do QREN que certamente irá ser aprovada, mas essa ajuda nunca dará mais do que 40% em certos espectáculos e não comparticipará o custo total do mesmo. É complicado fazer mais e melhor sem €, e o que têm feito é reconhecidamente bastante bom, não só por gentes de cá mas também de fora. Basta comparares os preços de entrada practicadas por cá e noutras cidades como Évora ou Faro...

    Fazer algo diferente com o teatro implicaria uma estructura nova e diferente, implicaria certamente custos muito maiores, peeenso eu de que!

    ResponderEliminar
  30. @Zig - Acredito que é possível. E numa lógica de inclusão, não de exclusão.
    Em breve, falarei sobre isso!

    ResponderEliminar
  31. Anónimo16:07

    Pois bem meus caros, um post dedicado à memoria de dois vultos culturais de beja não deveria findar numa discussao politica sobre quem vai ou não ganhar a camara de beja...

    Homenagear ou deixar de faze-lo, eis a questão! E aqui há uma coisa que me deixa aborrecido, estou farto de tanta rua de ex combatente ao fascismo e tão pouca rua sobre pessoas que de facto dizem alguma coisa a esta terra. Suponho não serem apenas as pessoas ligadas à esquerda (nomeadamente ao pc) que mereçam estas distinções..

    Já sei tambem a prodigalidade do pc em ignorar quem nunca se mostrou favoravel as suas ideias mas creio, por exemplo, do mesmo modo que deva existir uma toponimia Catarina Eufémea, é de superior justiça a existência de outra denonimada Fernando Nunes Ribeiro!

    Portugal é um país que precisa exorcizar demasiados fantasmas. Desde logo os de Cunhal e Salazar, que representam duas faces de uma mesma moeda (os maiores portugueses da nossa história recente), porém insistimos em diabolizar um e enaltecer o outro, conforme as ideologias que possuímos..

    ResponderEliminar
  32. @anónimo - Concordo com quase tudo. Mas uma nota: também há aqueles que consideram Salazar igual a Cunhal, pelo que condenam ambos, com a mesma intensidade!

    ResponderEliminar

Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!