segunda-feira, julho 06, 2009

Os cornos do Ministro...

Não me apetece fazer uma análise política aos cornos do Ministro. Ou ex-ministro! Disse aqui o que me parecia pertinente e não tenho vontade de voltar ao assunto! Apenas regresso ao tema porque me apetece fazer uma análise sociológica da coisa! Nomeadamente para tentar perceber: o que leva um homem a fazer aquilo?!
Deixemo-nos de puritanismos: se ele tem mandado o outro para o car**** ou se lhe saísse um a p** que te p**, a coisa entendia-se! Mas.. fazer um par de cornos?
Leitores gajos: vocês quando se passam da cabeça fazem aquilo? Que significa aquilo? Sou boi e vou ai marrar contigo?!! Anda cá Bernardino e espeta-me no lombo a tua farpa?! Se te apanho lá fora dou-te uma marrada?! Sou corno mas não sou manso?!!

18 comentários:

  1. Anónimo14:58

    Quem não se sente não é filho de boa gente!

    Alguém escreveu aqui no seu blog, com propriedade, o que se passou para os lados de aljustrel, e que, depois de explorar a situação, me parece ser a verdade:

    «Analisemos a matéria de facto que deu origem ao desvario do ministro. Trata-se do caso clássico de uma mentira dita muitas vezes que se tornar verdade. Nunca houve dinheiro nenhum entregue pela EDP ao Mineiro. Nunca exigiu cheque algum dado “ao clube da terra”. Existiu sim um patrocínio ao mineiro em forma de oferta de material desportivo que se destinou apenas às equipas juvenis do clube. O que está errado aqui? Só o facto desse clube ter um ex-presidente (que fez um trabalho excelente no clube, diga-se) que é candidato à Câmara pelo PS? O facto do ministro ter facilitado a comunicação entre o clube e uma empresa? Não deveria também ser essa a função dos governos? Não devia ser esta a regra em vez da excepção - o apoio das grandes empresas às pequenas colectividades do interior? Onde está o grande crime do ministro, da EDP ou do clube?

    O PC sabe bem que assim foi, porque alguns dos seus destacados dirigentes residem em Aljustrel – histórico bastião comunista. Como também sabe que o Mineiro é a única colectividade da terra (a única, repito) que não é dominada pela sua teia de interesses. Dai… foi só mentir, mentir e mentir e fazer chegar essa mentira às altas cúpulas do partido que a assumiram sem pudor.

    Mesmo sacrificando o clube e a sua actual imagem, que deveria orgulhar também todos dirigentes do PCP de Aljustrel que em tempos foram dirigentes do clube (sim, até à pouco também lá estavam), o pudor foi mandado às malvas e a mentira prevaleceu. Recordo, a título de exemplo, que o actual presidente da Câmara – Manuel Camacho – foi em tempos Presidente do Mineiro, facto que, pela qualidade do trabalho desenvolvido, ficou quase que esquecido na história do clube e da terra.

    Toda esta novela, alimentada primeiramente pelo PCP de Aljustrel, depois pelo deputado José Soeiro (que não deve ter mais com que se preocupar) e finalmente pelo PCP nacional, desembocou no festival a que hoje assistimos.

    Se está errada a atitude do ministro no parlamento, não é menos grave utilizar uma instituição, que vive do voluntariado de muita gente boa, para fins puramente políticos.

    Pior que isso, só mentir à boca cheia dentro da "Casa da Democracia" - Coisa que, estranhamente, parece não incomodar ninguém num partido com padrões morais tão elavados como o PCP.

    Porque é que o deputado Soeiro, como pessoa interessada pelos meandros do futebol, em vez de se preocupar com os ministros que vão “à bola” a Aljustrel, não se preocupa com os autarcas de Aljustrel (eleitos pelo PCP) que vão “à bola” ao Estádio da Luz e ficam excelentemente instalados no camarote privado da TECNOVIA (em regime tudo incluido). Empresa que, por acaso, e só por acaso, ultimamente ganha todas as empreitadas em Aljustrel, incluindo as obras de milhões de euros relativa ao projecto de regeneração urbana de Aljustrel...»

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  2. Não conheço os meandros do "problema" de Aljustrel, pelo que nunca me pronunciei sobre o mesmo, porquanto, quando não sei fico calado!
    Mas.. mantenho a reflexão: porque razão aquele estranho gesto?!! Que lhe passou pela cabeça!
    (nota: se o deputado em questão tivesse algum problema conjugal (O QUE NÂO FOI O O CASO!!!), então nesse caso havia duas explicações! O Ministro quis ofender pessoal; o Ministro era um ser mesquinho e nesse caso a demissão era mais do que justa!!)

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  3. Anónimo15:17

    @anónimo
    Você acha que se repetir muitas vezes esta história como a conta as pessoas vão acreditar?
    Explique lá então a noticia da Lusa dada a esta agência pelo gabinete do Ministro,que dava conta da deslocação em colaboração com o governo civil de Beja do Sr Ministro Manuel Pinho para uma homenagem aos mineiros, rectificada mais tarde para uma homenagem ao Mineiro, justifique lá as declarações posteriores que confirmam o patrocinio da EDP entregue pela mão de um ministro da Républica seja ele em dinheiro ou espécie?
    Explique lá os telefonemas de assessores de imprensa do ministro e até do primeiro ministro para as televisões a vender a história que o ministro ia ser homenageado em Aljustrel. explique lá o facto de uma equipa de reportagem da RTP ter estado no local filmado toda a cerimónia e depois não ter transmitido uma única imagem. explique lá o comunicado da direcção do mineiro depois de toda esta bagunça vir á pressa justificar a presença como cidadão do sr pinho e Monge.
    Explique lá o constrangimento entre os jogadores do Mineiro para colaborarem nessa farsa.
    E o mais caricato é que segundo consta (não posso afirmar)a camisola oferecida até ficou cá esquecida.
    o resto bem pode querer esconder o sol com a peneira mas os factos são factos, principalmente as noticias da Lusa

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  4. Crónica semanal lida na “Rádio Diana”, Évora (6 de Julho)

    Pinho à portuguesa

    Há poucas razões para apreciar a classe política portuguesa e, em concreto, a classe parlamentar e a classe ministerial. Um dos motivos frequentemente associados ao desdém com que baptizamos o parlamentar e o governante-tipo é o propalado divórcio entre eleitos e eleitores. E com gorda razão. O deputado já se apresenta aos eleitores divorciado deles, e nessa condição permanece uma legislatura inteira, sem qualquer esboço de reconciliação ou de arrependimento. Pelo contrário, o parlamentar cava com redobrado afinco, o fosso que o separa do homem comum. E a vala da distinção é larga e funda; na linguagem, no pensamento, na marca dos fatos, no salário, na excepcionalidade das cunhas e arranjinhos promissores para o que há-de vir. E o homem comum, o Zé do povo, o Manel do talho, o Chico do canil municipal, o Quim do futebol da terrinha, arqueiam as sobrancelhas quando o parlamentar, ou o ministro, corrige a pose esfíngica e alinha a verborreia que se embala sempre como eloquência, porque o linguajar é jeitoso e caríssimo, não haja dúvida. Em suma, e com propriedade metafórica, o Zé do povo olha para o parlamentar aprumado e emproado, e para o ministro esotérico, como um boi para um palácio. Ora, nem a propósito. Falamos de boi. Boi, chifres, cornos. Cornos, cornudo. Cornudo, cabrão. Ah, disso percebemos nós, nós o povo. Povo encornado, pela frente, e por trás, que ganha designação mais sodómica do que taurina. Povo encornado também, claro está, pelos parlamentares exóticos e distantes e divorciados e tal, e escol ministerial do mesmo calibre.
    Por isso mesmo não se percebe a demissão do senhor ministro Pinho. É que não se percebe mesmo. Pois logo no preciso e revelador momento em que o parlamento assiste em festa ao único gesto legível e entendível de um político, percebido univocamente por todos, independentemente da filiação ideológica, o homem demite-se ou é demitido ou sei lá? Mas isso admite-se? Pinho é dos nossos, é familiar, é chegado. Podia estar perfeitamente connosco no churrasco de domingo, ou entre amigos na pescaria, ou a contar anedotas na esplanada. Finalmente um político chegou-se a nós, falou a nossa linguagem, a nossa sinalética, confundiu-se connosco. Nós que elegemos os políticos de olhos fechados e que não os ouvimos mais porque não somos capazes, ficámos privados da mais democrática e reconhecível figura governamental. Não há direito, só já há nostalgia, porque um político como nós, dos nossos, é como a porcaria dos eclipses, passam uma porrada de anos sem que a gente tenha a sorte de ver um.

    AMRevez

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  5. Anónimo15:25

    Acho a pergunta colocada no último paragrafo do texto do anónimo das 2:58 PM particularmente interessante:

    (...)Porque é que o deputado Soeiro, como pessoa interessada pelos meandros do futebol, em vez de se preocupar com os ministros que vão “à bola” a Aljustrel, não se preocupa com os autarcas de Aljustrel (eleitos pelo PCP) que vão “à bola” ao Estádio da Luz e ficam excelentemente instalados no camarote privado da TECNOVIA (em regime tudo incluido). Empresa que, por acaso, e só por acaso, ultimamente ganha todas as empreitadas em Aljustrel, incluindo as obras de milhões de euros relativa ao projecto de regeneração urbana de Aljustrel(...)

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  6. Desconheço em absoluto o que aqui é referido! Mas.. se a conversa cair para alguma insinuação ou insulto a eleitos da CMA, os mesmos serão automaticamente removidos!

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  7. H,
    Desculpa lá o meu comentário (em jeito de descarada auto-promoção)ter a ver com o post...
    eheheheh

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  8. @nao era o teu, que como sempre está muito bom! Apesar de me surpreender que tenhas amigos que façam aquilo! Não por o fazerem: mas por com esse feitio teres amigos e alegadamente até uma namorada!
    Abraço!

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  9. Anónimo19:20

    Meu Kerido H
    A insinuação já aí mora.
    O que me chateia nessa treta é a menção ao Estádio do Benfica.
    Ao nosso Estádio.
    Porra pá, pede lá à TECNOVIA que compre um camarote em Alvalade ou no Dragão. Assim já não faz mal os "gajos" irem para lá, pois, pelo menos não vão ver futebol de qualidade.
    Um abraço

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  10. @Meu querido Vidigueira -
    a UNICA insinuação susceptível de atacar a honra de alguém foi a do ex-ministro!
    Se surgir algum outro nome de forma que entende que pode beliscar a honra de alguem, o mesmo será eliminado, excepto se for assinado!
    Se o autor assinar, fica!

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  11. Anónimo23:56

    Meu Kerido H
    Eles não têm coragem de lá colocar o nome, quanto mais assinarem.
    Um abraço

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  12. Meu Kerido Vidigueira:
    - nem uns, nem os outros. O mundo é dos cobardes!
    (sexta escrevo sobre isto!!)

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  13. Pedro00:07

    Para mim é simples: perdeu a cabeça e fez aquele gesto.
    Nunca ninguém perdeu a cabeça num sítio menos próprio para o fazer?

    O Pinho depois disse ao Deputado do PCP que era um Diabo (e os cornos, são os cornos do Diabo).
    Boa maneira de ofender outra pessoa.


    P.S.: Palavras piores se dizem no Parlamento, mas como são "palavras" ninguém dá atenção porque já faz parte do palavreado dos Deputados.
    Gestos é que é novo por lá, e "malta" estranhou.

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  14. LOL! Estou a ver que também és ouvinte da Antena 1 :)

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  15. Zig - por acaso, nem por isso! Porque?

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  16. Porque na Antena 1 esta manhã um comentador disse que os deputados se chamam tudo e mais alguma coisa dentro da assembleia e depois nas salas de confraternização são todos amigos! Agora, se alguém em vez de falar "mostra" alguma coisa o caso já é diferente.

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  17. Pedro19:35

    Zig: não, não ouvi programa nenhum da Antena 1.
    Sei, porque conheço quem já tenha sido Deputado da Assembleia da República...

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  18. Anónimo23:40

    O M Pinho chamou cabrão ao outro e ponto final. É preciso mais conversa? Calhando até merece. Não será que passa tempo demais na AR e na sede do PCP? e ela ... à espera?!!!
    Se querem saber o significado do gesto perguntem à Bernardina!!!

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Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!