Mais que uma vez em heterodoxos contextos, deixei escapar em linhas intimistas, que gosto de noites de Inverno, que me encantam os duas de chuva! O que provavelmente até diz muito de mim. Ou se calhar até não diz absolutamente nada de mim e isso são apenas pensamentos preconceitos que nos habituamos a ter como verdadeiros.
Adoro o som da chuva. Adoro ler a ver chover. Por patético que seja gosto de andar à chuva, obviamente sem cantar! Gosto da luz da lenha a arder! Mas poucas coisas se comparam com a lareira alentejana.
Porque as lareiras no Alentejo são muito mais que lenha a arder e calor. Porque carregam consigo um calor diferente: o calor da beleza das coisas simples.
A lareira alentejana é a televisão dos lisboetas: o local em redor do qual a família se reúne, onde se trocam conversas e histórias, onde nos sentamos a ver passar o tempo devagar, olhando a lenha a ser consumida com calma, deixando o gerúndio encher a sala! Mas a lareira não é apenas família e calma: a lareira é onde a linguiça é assada e o entrecosto grelhado, onde se apagam os cigarros e acendem as castanhas, onde se curam os enchidos.
Porque as lareiras alentejanas no montes brancos com a risca azul, mais que um fonte de calor fazem brotar o amor; porque quem nunca fez amor frente a uma lareira nunca fez amor de verdade!
Adoro o som da chuva. Adoro ler a ver chover. Por patético que seja gosto de andar à chuva, obviamente sem cantar! Gosto da luz da lenha a arder! Mas poucas coisas se comparam com a lareira alentejana.
Porque as lareiras no Alentejo são muito mais que lenha a arder e calor. Porque carregam consigo um calor diferente: o calor da beleza das coisas simples.
A lareira alentejana é a televisão dos lisboetas: o local em redor do qual a família se reúne, onde se trocam conversas e histórias, onde nos sentamos a ver passar o tempo devagar, olhando a lenha a ser consumida com calma, deixando o gerúndio encher a sala! Mas a lareira não é apenas família e calma: a lareira é onde a linguiça é assada e o entrecosto grelhado, onde se apagam os cigarros e acendem as castanhas, onde se curam os enchidos.
Porque as lareiras alentejanas no montes brancos com a risca azul, mais que um fonte de calor fazem brotar o amor; porque quem nunca fez amor frente a uma lareira nunca fez amor de verdade!
Belo texto, parabéns!
ResponderEliminarMelhor frase:
A lareira alentejana é a televisão dos lisboetas (excelente)
Pior frase:
onde se apagam os cigarros (dispensável...)
Agora, essa do fazer amor frente a uma lareira tem os seus dois lados diferentes: um quee fica quentinho e outro que fica frio como o c.. ;)
E se essa lareira estiver numa qualquer aldeia pelo nosso Alentejo fora, melhor, não achas? De manhã, quando os dois fogos já estão apagados (o do amor e o da lareira), nada melhor do que acordar com o som do campo :)
Meu caro H: desconfio que esse seu mau feitio em relação aos lisboetas esconde alguma invejazinha recalcada... :) só assim se justifica que esteja sempre a falar deles!
ResponderEliminarQuanto ao resto: é válido também para Lisboa, com cigarros apagados, claro! (antes de depois)
Estive em Beja um mês a estagiar e simplesmente adorei. As minhas razões para amar Beja: a calma, a simpatia das pessoas, as ruas acolhedoras, o sotaque alentejano, todas as terras que a envolvem, o caminho até lá, aquele calor abrasador, e o frio que gela os ossos. É simplesmente Beja, e só gosta mesmo quem tem um sentido especial.
ResponderEliminarH2Homem - Nem sei que te diga quanto ao remate final! E quem fez amor pela primeira vez frente a uma lareira? Haverá mais bela recordação?
ResponderEliminarMas essa lareira alentejana parece que já não existe em Beja.
ResponderEliminarExistem, sim, no seu imaginário, o que é bom!. As pessoas já não conversam à roda da lareira.Têm outros interesses e, além disso, as lareiras são mais asépticas e padronizadas. Não são convidativas a esses deleites. É pena...
Em que ano e século julga que vive?!
ResponderEliminarcom este calor... e tu lembraste de lareiras... Independentemente da estãção do ano e da temperatura que se faz sentir na rua... As lareiras alentejanas são simplesmente maravilhosas...
ResponderEliminarAté mesmo o cheiro que se prende aos cabelos e à roupa, consegue ter um "gostinho especial" quando por vezes, sem esperar o sentimos...
Vivo num ano e num século, no qual ainda posso ter estes pequenos prazeres. Por acaso não em Beja, mas em ficalho!
ResponderEliminarUaaaaaiiiiiiii!
ResponderEliminarAih! Meu Alentejo distante... Lareira da minha casa grande onde minha Mãe me deu à luz... -Ali, se amava, ali eu nasci.
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