quinta-feira, junho 05, 2008

Manif

Enquanto me dedico à arte de coçar o escroto ao mesmo tempo que preparo uma deliciosa aula de Direito Bancário (arghhh!), leio aqui, que a Manifestação da CGTPC juntou em Lisboa 200 mil pessoas (número avançado pela PSP, não pelos Sindicatos) o que faz desta a maior manifestação de sempre no Portugal Democrático!
Honestamente acho fraco o pretexto: não apenas porque falamos apenas de uma proposta de reforma do Código de Trabalho, como a reforma me parece boa, sensata e necessária (e já dizia o mesmo da proposta Bagão Félix, tão criticada por os que agora defendem esta, que vem no mesmo sentido!)
Mas o número é impressionante! E é a prova mais que provada das debilidades actuais do Governo do Zézinho que um dia foi Sócrates, se ainda fosse necessária, a comprovação de que existe hoje um generalizado mal estar nacional, em todos os campos, com o actual Governo!
Ninguém se iluda: muitíssimos dos que estão a manifestar-se, não fazem a menor ideia do que consta na proposta de revisão! Mas é estúpido olha-los como um bando de manipulados pelo papão feio dos comunistas: quem protesta hoje em Lisboa sofre com o aumento dos bens alimentares, das taxas de juro, das gasolinas, dos baixos salários e, sobretudo, chora porque perdeu a esperança que, em dado momento, este Governo deu ao País! E a sorte de Sócrates é que sábado começa o Euro e a malta bebe umas cervejas e come sardinhas e esquece por uns meses esta miséria de vida! Mas lá para Setembro, a malta recorda-se...

8 comentários:

  1. Anónimo19:28

    Não deve ser preciso esperar por Setembro. Quando começar o período de férias já a maioria dos tugas vai reclamar da merda de férias de contenção que os espera ... enquanto o Zézinho e seus pares estarão a gozar uns belos momentos de descanso à conta do erário do seu povinho.
    Vá lá que o BCE manteve a taxa de referência por mais um mesito.
    Cumps,
    C

    ResponderEliminar
  2. Anónimo21:21

    Num futuro já presente, o nosso Alentejo acabou por se enquadrar numa dinâmica progressista, mas no entanto ainda não suficiente para acompanhar as restantes regiões de Portugal ou para recuperar o atraso em relação a uma Europa cada vez mais distante. Uma Europa que a cada dia que passa evolui social económica e politicamente acima da média da região alentejana, cavando um fosso cada vez maior e mais difícil de recuperar.
    Hoje deixamos de ser a região mais pobre da U.E. para passarmos a ser considerados somente entre as mais pobres. No entanto este facto não se deve a um desenvolvimento sustentado ou económico do Alentejo acima da média comunitária, mas sim devido ao alargamento da União Europeia, que enquadrou a maioria das regiões dos países aderentes abaixo dos 75% da média do PIB da U.E. e ainda abaixo da média da nossa região.
    O nosso Alentejo possui hoje meios de comunicação que podemos considerar como um lado importante e uma mais valia para o desenvolvimento económico que por sua vez contribui para um melhoramento social das populações da região. No entanto as necessidades ao nível social contrariam esta lógica, pois o envelhecimento, empobrecimento e as carências cada vez maiores de uma população vão para lá dos meros efeitos de uma crise económica a nível mundial. São claramente problemas ao nível estrutural e organizacional da sociedade regional, tendo como referencia os vícios políticos dos diversos poderes autárquicos.
    Desta forma a resolução dos problemas fulcrais de uma população carente, não passa por lhes darmos um hospital vazio de pessoal qualificado ou um trabalho camarário em que a necessidade daquele posto de trabalho é somente direccionado ao indivíduo em questão. Passa isso sim por serem criadas a condições para o surgimento de iniciativas privadas mas duradoiras ou para a qualificação de uma população com gosto pela sua região e que desta forma possa garantir que dessa possível formação sejam os alentejanos que usufruíam dela.O mais fácil é darmos pão a quem tem fome, o mais complicado é dar-lhe as condições necessárias para poderem não voltar a ter fome e começarem a fazer o pão e não só.
    Um abraço

    JC

    ResponderEliminar
  3. Exactamente! A maior parte das pessoas nem faz a mínima ideia da razão desse protesto, muitos até acham que se tem que alterar algo nesse código, estavam lá "apenas" para protestar contra esse mau estar generalizado, ou então, estão a rever-se no Manuel Alegre!

    ResponderEliminar
  4. historicamente � assim: quando h� mal estar social os votos nos partidos de esquerda aumentam.

    agora pergunto: ser� que verdadeiramente querem paz social, embora lhes custe votos? Ou preferem ajudar a destabilizar e incendiar para ganhar alguns ( ou antes - n�o perderem tantos ).

    irra! que est�o sempre contra tudo.

    ResponderEliminar
  5. Anónimo11:29

    Em relação a muitos dos participantes destas manifs, e ao facto de saberem porque motivo lá estão, tenho a seguinte história:
    Há uns meses, houve tb uma manifestação em Lisboa - sinceramente não me recordo do motivo do protesto. Mas, nesse dia, ao deslocar-me tb á capital (por outros motivos), parei num conhecido café perto de grândola e estava lá um autocarro da Câmara de Beja - o grande, cheio de pessoas q se deslocavam para a manifestação.
    Dentro do referido café, numa mesa estavam uma quantas senhoras aqui da terrinha, APOSENTADAS, que fui cumprimentar. Ao perguntar-lhes onde íam passear, respondem que íam para Lx, para uma qualquer manifestação, mas que nem sequer sabiam do q se tratava - íam pq a Junta de Freguesia estava a pagar a viagem, o almocinho e o lanche e, então, aproveitavam para ir passear. Quantas pessoas iam naquele autocarro? Calculo que umas 60. Quantas sabiam ao que íam?
    ???????
    Mas foram! E contaram para o número!!!
    Deprimente não é?
    E nós, dignos cidadão desta cidade, a pagar o repasto!!!

    ResponderEliminar
  6. Anónimo13:23

    @anónimo das 11:29
    O "senhor" mente e sabe que mente e mentir é feio.
    Diga-me que junta de freguesia pagou almoços ou lanches a manifestantes?
    De certeza que nenhuma, essa ideia que se fazem manifestações com 200.000 pessoas que vão ao engano não cola.
    Dói, eu sei que dói mas habituem-se como dizia o outro.

    ResponderEliminar
  7. Anónimo13:34

    @anónimo da 1.23PM

    JFNSN-Consegue perceber?
    Esta foi uma das juntas que pagou para as pessoas lá irem, mas tenho a certeza que saberá de mais algumas...
    Dói, não dói?
    É fácil convencer pessoas aposentadas, q pouco têm para fazer, que até se "pelam" por um passeiozinho á capital, ainda por cima de borla e dizer-lhes que em troca do almoço, só precisam dar uns passinhos a pé pelas ruas da dita, de preferência com umas bandeirinhas na mão...
    Ainda vou saber quem pagou as bandeirinhas - a Câmara ou a Junta???
    Depois conto...

    ResponderEliminar
  8. Anónimo13:35

    @anónimo da 1.23PM
    SENHORA

    ResponderEliminar

Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!